Medidas Socioeducativas, Cidadania e Violências

Encruzilhadas Perigosas na Construção de Novos Caminhos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25755/int.37552

Resumo

Este artigo trata-se da sistematização de experiências vivenciadas por jovens em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto, em um Grupo de Prestação de Serviço Comunitário (PSC). Utiliza as orientações teórico-metodológicas de Oscar Jara Holliday (2006) para sistematizar três encontros do Grupo de PSC, os quais abordavam o racismo, o território e as violências. O objetivo da sistematização foi identificar o conhecimento prévio e as experiências dos jovens com as temáticas, para posteriormente realizar um diagnóstico socioterritorial. Diante disso, foi possível identificar que a violência é um fenômeno que atua como um elo entre elas. Ela se manifesta na prática do racismo e nas dinâmicas sociais nos territórios. Assim, como resultado identificamos um letramento racial mutilado, tendo em vista que os jovens não transitavam com facilidade pela temática. Quanto ao território denunciaram a ausência de espaços de lazer e a presença do tráfico de drogas, ademais referem que os serviços públicos que acessam é a escola, embora estejam em evasão escolar, e a unidade básica de saúde eventualmente. Por fim, quanto a violência, os jovens revelaram que entre os seus tipos, conhecem a física e a sexual. Denunciaram que sofreram violência física nas abordagens policiais, e institucional nos estabelecimentos de ensino. Isto posto, pode-se afirmar que a sistematização dos encontros resultou em um produto que permite identificar as fragilidades nos territórios, nos saberes e nas práticas sociais, possibilitando, dessa forma, estratégias de intervenção com vistas ao exercício pleno da cidadania e a proteção integral desses jovens.

Biografias Autor

Tatiane de Oliveira, Universidade FEEVALE

Graduada em Educação Física pela Universidade Feevale (2017). Especialista em Educação pelo Instituto Federal Sul-riograndense(2019). Mestranda em Diversidade Cultural e Inclusão Social pela Universidade Feevale. É Educadora Social na Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo. Tem experiência na área de Educação no campo social e com Socioeducação. Participa do Coletivo de Educação Popular e Pedagogia Social (CEPOPES) e do grupo de pesquisa: Educação Integral entre práticas de educação escolar e não escolar: perspectivas de formação humana e desenvolvimento social. (Universidade Feevale).

Doutora, Universidade Feevale

Possui graduação em Serviço Social pela Universidade de Caxias do Sul (1986) e doutorado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2002). É professora titular da Universidade Feevale no Programa de Pós-Graduação em Diversidade Cultural e Inclusão Social. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Políticas Públicas, Educação no Campo Social e Educação e Trabalho, atuando principalmente nos seguintes temas: educação não escolar, educação em tempo integral e formação de educadores. Possui publicações nas Revistas: Ensaio Educação em Revista, Revista Brasileira de Educação, Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, Cadernos de Pesquisa, entre outras. Integrante da Red Relepe - Red de Estudios Teoricos y Epistemológicos en Política Educativa, da Red Estrado - Red Latinoamericana de Estudios sobre Trabajo, Rede Brasileira por instituições educativas socialmente justas e aldeias, campos e cidades que educam - RedHumani e da Rede Nacional de Pesquisadores em Pedagogia - RePPed. Líder do Grupo de Pesquisa (CNPq) Estudos, Pesquisas e Praticas em Educação Não Escolar na perspectiva da Educação Integral. Conselheira do Conselho Municipal de Educação de Novo Hamburgo/RS (2018-2022). Membro do Fórum Municipal de Educação de Novo Hamburgo/RS (2018-2022).

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Publicado

2024-12-20

Como Citar

de Oliveira, T., & Zucchetti, D. T. (2024). Medidas Socioeducativas, Cidadania e Violências: Encruzilhadas Perigosas na Construção de Novos Caminhos . Revista Interacções, 20(69), 1–23. https://doi.org/10.25755/int.37552