Processamento sensorial e interacção diádica como promotores de resiliência nas crianças de famílias com baixos rendimentos

Autores

  • Maria Antónia Costa
  • Pedro Lopes dos Santos Universidade do Porto – Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação
  • Marina Fuertes Instituto Politécnico de Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.25755/int.4024

Palavras-chave:

Resiliência, Interacção mãe-filho, Processamento sensorial, Modulação sensorial.

Resumo

A pesquisa sobre resiliência sugere que a criança que se desenvolve em contexto adverso, poderá usufruir de atributos relevantes, pessoais e do ambiente. Neste sentido pretendeu-se estudar, até que ponto, as competências de modulação sensorial da criança e a qualidade das interacções mãe-filho, influenciavam as trajectórias de risco e podiam promover as oportunidades de resiliência da criança.

Participaram no estudo 136 crianças, 67 do sexo feminino e 69 do sexo masculino, com idades entre os 7 e os 36 meses. Analisámos a sensibilidade materna em situação de jogo livre recorrendo à escala CARE-Index e o processamento sensorial através do de entrevista baseado no protocolo de Dunn (1997) assente nos quatro padrões de processamento sensorial: baixo registo; sensibilidade sensorial; procura sensorial; evitamento sensorial, construto anteriormente validado. Constituímos, com base nas premissas do modelo de avaliação autêntica, um índex de capacidades, que nos serviu como referencial para a avaliação do risco e da resiliência. Os resultados indicaram que a resiliência infantil em ambiente de pobreza estava associada a indicadores de elevada sensibilidade materna e a índices adequados de processamento sensorial. A discussão dos resultados enquadrou-se nos modelos actuais e emergentes das influências neurobiológicas e ambientais nos processos de risco e de resiliência.

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Publicado

2014-06-20

Como Citar

Costa, M. A., Santos, P. L. dos, & Fuertes, M. (2014). Processamento sensorial e interacção diádica como promotores de resiliência nas crianças de famílias com baixos rendimentos. Revista Interacções, 10(30). https://doi.org/10.25755/int.4024