Aprendizagem na escola maternal francesa: o ponto de vista da criança

Autores

  • Maria Renata Prado-Martin Rede Doctum de Ensino / GRUPEGI – Grupo de Pesquisas e Estudos em Geografia da Infância (Universidade Federal de Juiz de Fora)

DOI:

https://doi.org/10.25755/int.6351

Palavras-chave:

Crianças, Escola maternal francesa, Aprendizagem, Sociologia da Infância.

Resumo

No momento da proclamação da criança enquanto sujeito e ator pleno, o projeto educativo e social da escola maternal francesa reflete a esperança política colocada sobre as crianças. Porém sujeito-criança continua a ser considerado como dependente do projeto da Escola e submisso às expectativas da parte de diversas instituições. Este artigo se apóia nos trabalhos clinico-práticos sobre o conhecimento da criança e na evolução da sua consideração dentro da história, nos trabalhos dos teóricos da Sociologia da Infância, Geografia da Infância e da Análise Institucional. Do lado dos professores da escola maternal francesa, seus discursos relatam uma injunção paradoxal sentida por alguns sob forma de tensão constante. A institucionalização da forma escolar nesta escola parece ser mais voltada para as competências escolares do que para a consideração singular da criança. Portanto, notamos através dos discursos das crianças que a vida delas é organizada por uma dialética entre dependência e independência relativa. Sujeitadas ao poder dos adultos, ela podem tomar o controle da situação, agir e reagir. Fora da autonomia acordada pelos professores, elas conquistam e criam seus espaços de autonomia, em função dos seus interesses.

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Publicado

2015-01-03

Como Citar

Prado-Martin, M. R. (2015). Aprendizagem na escola maternal francesa: o ponto de vista da criança. Revista Interacções, 10(32). https://doi.org/10.25755/int.6351