Violência entre pares no contexto escolar em Portugal, nos últimos 10 anos
DOI:
https://doi.org/10.25755/int.399Keywords:
Violência, Bullying/provocação, Comportamentos de saúde, Promoção de competências, Educação para a saúde.Abstract
O objectivo do presente artigo é caracterizar bullying/provocação nos jovens Portugueses e os diferentes tipo de vitimas e agressores, assim como comportamentos e as competências associadas.
São apresentados os resultados do estudo internacional em colaboração com a OMS, Health Behavior School Aged Children ao longo de três estudos 1998; 2002 e 2006 (Matos et al., 2001, 2003, 2006). É apresentada a comparação da violência e dos padrões de provocação ao longo dos 3 estudos.
De seguida são apresentados dois estudos de investigação aprofundados:
(1) é analisada associação entre uma série de diferentes tipos de comportamentos de bullying (enquanto provocado e provocador) e algumas variáveis preditoras, variáveis comportamentais. A maior parte das variáveis comportamentais ligadas ao risco está a associada positivamente e significativamente com todos os comportamentos de bullying.
(2) é analisado o impacto de determinados factores no envolvimento em situações de bullying desenvolveu-se um modelo explicativo. De acordo com este modelo, os principais contextos de vida (família, amigos, colegas e professores) estão relacionados com o bullying através do seu impacto na satisfação com a escola e nos sintomas físicos e psicológicos.
Os resultados do primeiro estudo aprofundado traduzem-se em linhas práticas de intervenção com o problema do bullying, a salientar a importância dos alunos percepcionarem segurança nas escolas, evitar o porte de arma e contribuir para a satisfação dos alunos.
Os resultados do segundo estudo aprofundado permitem afirmar que as determinantes do bullying diferem no tipo ou no grau de impacto que apresentam nestes comportamentos. A satisfação com a escola parece ser mais importante para a provocação e para o duplo envolvimento e, por seu turno, os professores e os colegas o factor mais importante para a satisfação com a escola. Os sintomas físicos e psicológicos parecem ser um factor de risco para os 3 perfis, e a família e os colegas aparecem como o factor protector mais importante neste campo.
Nas conclusões são discutidas respostas escolares ao bullying/provocação entre pares na escola, apresentado o Programa de Promoção de Competências Pessoais e Sociais na prevenção da violência entre jovens, em Portugal e defendida a Prevenção da violência nas escolas portuguesas, numa perspectiva de Educação para a Saúde.Downloads
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