Trabalho da educação: Acção humana, não-produtividade e comunidade
DOI:
https://doi.org/10.25755/int.8464Keywords:
Trabalho, Educação, Comunidade, Não-produtividade.Abstract
Este artigo procura uma conceção de trabalho que seja consistente com uma conceção de educação. Reage a vários problemas fundamentais que estão a fazer a educação sucumbir perante o automatismo, perante a pressão da produtividade e perante a definição estatal e normalizada das características e condições de existência das comunidades profissionais que fazem a educação. Coloca-se perante alguns problemas teóricos e, logo, com fortes reflexos nas vidas dos que se preocupam com o mundo e com a educação como forma de proteger o mundo e de o pôr à disposição dos que têm a capacidade de o reinventar. Explora o problema da profissionalização dos professores pelo modo como se tem visto reduzida a exigências próprias de uma lógica de mercado e com uma certa imposição de mecanismos burocratizantes. Critica o excessivo elogio do trabalho produtivo abrindo espaço para aceitar a não produtividade como característica da ação humana. Questiona o fechamento das comunidades profissionais em educação pelos muros que erguem perante os outros, os não-profissionais, e perante si próprios, aceitando ser representantes de um discurso técnico (re)produzido mecanicamente. Interessa-nos pensar como podemos manter-nos professoras do ensino superior e investigadoras em educação sabendo que o nosso gesto e a nossa voz podem ser representativos de uma comunidade profissional, mas também podem ser mesmo singulares, sem representação e só com presentificação e subjectificação.Downloads
Published
2016-02-17
How to Cite
Gomes, E. X., & Gonçalves, T. N. R. (2016). Trabalho da educação: Acção humana, não-produtividade e comunidade. Interacções, 11(37). https://doi.org/10.25755/int.8464
Issue
Section
Number 25 - Special Number - Adolescence, Gender and Violences
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