Angústias precoces, rêverie materna, destinos da violência

Autores

  • Maria Teresa Casanova Sá Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Santarém

DOI:

https://doi.org/10.25755/int.411

Palavras-chave:

Violência fundamental, Rêverie materna, Função alfa, Imbricação pulsional, Empatia.

Resumo

A autora propõe-nos, a partir do vértice da teoria psicanalítica, uma reflexão sobre a  dualidade da natureza humana, onde coabitam forças de ligação e de desligamento, de construção e  de destruição, de amor e ódio, de cuja integração  depende a construção do psiquismo e os destinos da violência. A partir  dos conceitos de rêverie materna  e de função alfa (Bion) reflecte sobre a função das primeiras experiências relacionais e vinculativas  na díade mãe-bebé para o assentamento narcísico e para a contenção, apaziguamento e transformação da violência pulsional primitiva e das angústias precoces. Postula-se que  estas angústias, quando insuficientemente acolhidas e metabolizadas, conduzirão a criança a um incremento dos mecanismos de projecção, de evacuação violenta e do agir. A progressiva interiorização desta função de protecção e de significação, assegurada pelo envolvimento materno, virá a constituir-se como o primeiro acompanhante interno que auxiliará a criança no controle e transformação da violência do impulso e na construção de um sistema de pensamento simultaneamente capaz de se ler  a si mesmo e de ler e compreender os estados emocionais do Outro (empatia).

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Publicado

2009-11-06

Como Citar

Sá, M. T. C. (2009). Angústias precoces, rêverie materna, destinos da violência. Revista Interacções, 5(13). https://doi.org/10.25755/int.411

Edição

Secção

Número 13 - Comportamentos de bullying em contexto escolar: Diálogos interdisciplinares.