Competência Aquática: um valor acrescentado à Educação Básica
DOI:
https://doi.org/10.6063/motricidade.18220Resumo
Saber nadar não é uma aptidão natural (Langerdorfer, 2014). Trata-se inequivocamente de uma competência adquirida que permite ao sujeito realizar atos motores intencionais para se propulsionar através da água. Por essa razão a aplicação do termo “competência aquática” não é inócua, dado que conceptualmente reflete um estado de prontidão, que se revela pela autonomia, confiança e satisfação do sujeito no meio aquático. É, portanto, um pressuposto biocomportamental que serve de base para a posterior aprendizagem de outras habilidades aquáticas mais complexas e especializadas, entre as quais o nado clássico das quatro técnicas se resume apenas a uma parcela. Deste modo, a competência aquática deve ser considerada enquanto sistema dinâmico, complexo e dependente das relações que o sujeito estabelece com o contexto aquático envolvente. Isto terá importantes implicações no domínio da capacidade de percecionar riscos e perigos, na prevenção do afogamento – nadar no mar, no rio, numa piscina ou com roupa atribuem condicionalismos diferentes, e por inerência requerem níveis de proficiência motora aquática distintos.
Esta nota deflecte essa necessidade – reconhecer a importância da competência aquática em particular na população infantil Portuguesa. A justificativa inicia-se pelo reconhecimento da importância da experimentação de vivências, ação dos estímulos psico-motores durante a infância, salientando-se a importância da prática da natação, evocando: o seu “valor educativo”, enquanto exercício físico harmonioso, que conduz a benefícios significativos no desenvolvimento social, mental, emocional e motor da criança; o seu “valor no bem-estar e na saúde” pela importância em formar crianças fisicamente ativas, o que atribui uma menor probabilidade de ser tornarem cidadãos sedentários na vida adulta; o seu “valor social”, dado que a massificação da competência aquática constitui-se como uma medida direta para a diminuição do risco de afogamento, em particular junto das crianças, enquanto grupo etário de maior risco.
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