Desvios laterais do eixo longitudinal de nado com e sem limitação da visão
DOI:
https://doi.org/10.6063/motricidade.25130Resumo
Uma das causas da entropia do sistema biomecânico subjacente ao ato de andar ou correr é o desvio da linha do movimento, principalmente para os invisuais, sendo presumível que este fenómeno ocorra também na natação. O presente estudo teve como objetivo quantificar os desvios da linha longitudinal de nado em condições de visão normal e impedida. Nove nadadores de nível internacional (30,3± 4,76 anos, 180,1± 7,32 cm e 74,3± 8,65 kg) realizaram dois percursos de nado crol à velocidade máxima, com visão normal e impedida, numa piscina de 25 m e sem separadores de pista. As repetições foram aleatórias e intervaladas por ≥ 30 min. O desvio da anca da linha longitudinal de nado foi quantificado em cm através de um programa de análise de vídeo (Kinovea, 0.8.15), nos terços inicial, médio e final dos testes. Os resultados mostraram que a anca se desvia da linha de nado quer quando a visão é normal, quer quando está impedida, sendo o desvio muito superior na segunda condição. O desvio da anca verificado no primeiro terço de teste não aumenta com a distância nadada em condição visual normal embora aumente do primeiro para o segundo terço de teste com a visão impedida. Os nadadores desviaram maioritariamente para o lado direito em relação à linha de nado (n= 7), mas o desvio não foi homogéneo (cf. valores elevados dos desvios padrão principalmente no nado com visão impedida). Concluiu-se que os nadadores se desviam de forma heterogénea da linha longitudinal de nado e que o desvio é superior e mais prolongado com a visão impedida.
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