Provas de provocação oral a fármacos em Pediatria - casuística 2015

Autores

  • Mónica André Costeira Serviço de Pediatria, Hospital Senhora da Oliveira
  • Dinis Sousa Serviço de Pediatria, Hospital Senhora da Oliveira
  • Joana Ferreira Serviço de Pediatria, Hospital Senhora da Oliveira
  • Carla Ferreira Serviço de Pediatria, Hospital Senhora da Oliveira
  • Armandina Silva Serviço de Pediatria, Hospital Senhora da Oliveira
  • Marta Santalha Serviço de Pediatria, Hospital Senhora da Oliveira
  • Paula Alendouro Serviço de Imunoalergologia, Hospital Senhora da Oliveira
  • Águeda Matos Serviço de Pediatria, Hospital Senhora da Oliveira
  • Alberto Costa Serviço de Pediatria, Hospital Senhora da Oliveira

DOI:

https://doi.org/10.25753/BirthGrowthMJ.v26.i4.9865

Palavras-chave:

Alergia, fármacos, prova de provocação oral

Resumo

Introdução: A suspeita de alergia a fármacos em idade pediátrica é um motivo frequente de consulta, que contudo raramente se confirma. Desta forma, a prova de provocação oral (PPO) assume um papel significativo na abordagem diagnóstica.
Objetivos: Caracterizar a população pediátrica da consulta de um hospital de nível II, que realizou PPO a fármacos, avaliar os fármacos implicados e analisar os casos cujas PPO foram positivas.
Material e métodos: Análise retrospetiva dos processos clínicos dos doentes com idade inferior a 18 anos que realizaram PPO a fármacos no período compreendido entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2015.
Resultados: A amostra incluiu 58 doentes, 53,4% do sexo masculino, sendo a mediana de idades cinco anos. A maioria foi referenciada a partir do serviço de urgência (39,7%) e da consulta externa (36,2%). A amoxicilina foi o fármaco suspeito em 46,6 %, associada com ácido clavulânico em 34,5%. Cerca de 93,1% apresentaram manifestações mucocutâneas, 5,2% gastrointestinais e mucocutâneas e 1,7% respiratórias e mucocutâneas. Em 20,7 % dos casos as manifestações surgiram nas primeiras 24h. As PPO foram positivas em três doentes e os fármacos responsáveis foram a amoxicilina (dois casos) e o ibuprofeno (um caso).
Conclusões: Sendo a alergia a fármacos rara em crianças e tendo em conta a sua repercussão na decisão terapêutica em casos de situações infeciosas, é de extrema relevância a referenciação para esclarecimento diagnóstico.

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Biografia Autor

Mónica André Costeira, Serviço de Pediatria, Hospital Senhora da Oliveira

Interna de Pediatria Médica no Hospital Senhora da Oliveira, Guimarães

Referências

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Publicado

2017-12-27

Como Citar

1.
Costeira MA, Sousa D, Ferreira J, Ferreira C, Silva A, Santalha M, Alendouro P, Matos Águeda, Costa A. Provas de provocação oral a fármacos em Pediatria - casuística 2015. REVNEC [Internet]. 27 de Dezembro de 2017 [citado 20 de Outubro de 2024];26(4):216-20. Disponível em: https://revistas.rcaap.pt/nascercrescer/article/view/9865

Edição

Secção

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