Que fatores contribuem para o sucesso da gestão escolar? A perspetiva dos diretores

João Paulo Delgado; João M.S. Carvalho; Paula Romão; Pedro Martins

doi:10.21814/rpe.18920

Autores

João Paulo Delgado Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico do Porto https://orcid.org/0000-0001-6977-8214
João M.S. Carvalho Universidade Portucalense http://orcid.org/0000-0003-0683-296X
Paula Romão Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico do Porto http://orcid.org/0000-0002-3919-7563
Pedro Martins Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico do Porto

DOI:

https://doi.org/10.21814/rpe.18920

Palavras-chave:

Gestão escolar, diretor, fatores de sucesso, mudanças

Resumo

Este estudo pretende fazer um balanço, na perspetiva dos diretores, da sua atuação à luz do presente modelo de administração escolar, na tentativa de apontar fatores de sucesso na gestão, bem como potenciais mudanças ao atual modelo, por eles propostas. Os dados foram recolhidos, em 2018, através de entrevistas exploratórias numa amostra estratificada, composta por 30 diretores em funções, no distrito do Porto, com uma experiência de gestão de, pelo menos, 4 anos. Os principais parâmetros que os diretores mais associam a uma melhor gestão são a formação especializada, as assessorias, a relação com a comunidade e o trabalho colegial. No que diz respeito às mudanças, as sugestões principais são o reforço da autonomia, a alteração da composição e das competências do Conselho Geral, a estabilidade legislativa e o apoio jurídico e contabilístico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografias Autor

João Paulo Delgado, Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico do Porto

Licenciado em Direito, Mestre em Administração da Educação e Doutor em Ciências da Educação pela Universidade de Santiago de Compostela, com Agregação em Ciências da Educação na UTAD – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Investigador no InED - Centro de Investigação e Inovação em Educação, e Professor Adjunto do quadro da Escola Superior de Educação do Porto, Portugal; Coordenador do Curso de Mestrado em Educação. Presidente do Conselho Pedagógico da Escola Superior de Educação do Porto desde Abril de 2017.

João M.S. Carvalho, Universidade Portucalense

Licenciado em Gestão de Empresas, Mestre em Economia Industrial e da Empresa e Doutor em Ciências Empresariais pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto;

Investigador na CICS.NOVA.UMinho, no REMIT-Universidade Portucalense e no InED - Centro de Investigação e Inovação em Educação; Professor Auxiliar do quadro da Universidade Portucalense, Portugal.

Paula Romão, Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico do Porto

Licenciada em Educação Física pela FCDEF da Universidade do Porto e Doutora em Ciências da Educação pela Universidade Católica Portuguesa;

Investigadora no InED - Centro de Investigação e Inovação em Educação, e Professora Adjunta convidada da Escola Superior de Educação do Porto, Portugal; Professora do quadro da Escola Secundária do Castêlo da Maia, Maia, Portugal; Vereadora da câmara Municipal da Maia.

Pedro Martins, Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico do Porto

Licenciado em Biologia e Mestrando no curso de Mestrado em Educação – Administração das Organizações Educacionais da Escola Superior de Educação do Porto;

Investigador no InED - Centro de Investigação e Inovação em Educação, e Professor do quadro da EPAMAC -Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Marco de Canavezes, Portugal;

Diretor da EPAMAC -Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Marco de Canavezes, Portugal.

Referências

Afonso, A. J. (2010). Gestão, autonomia e accountability na escola pública portuguesa: breve diacronia. Revista Brasileira de Política e Administração na Educação, 26(1), 13-30.

Afonso, A. J. (2012). Para uma concetualização alternativa de Accountability em Educação. Educação & Sociedade, 33(119), 471-484. https://doi.org/10.1590/S0101-73302012000200008.

Afonso, A. J. (2015). Recuo ao cientificismo, paradoxos da transparência e corrupção em educação. Educação e Pesquisa, 41 (n.º especial), 1313-1326. https://doi.org/10.1590/S1517-9702201508145423.

Afonso, A. J. (2018). O Diretor enquanto gestor e as diferentes pressões e dilemas da prestação de contas na escola pública. Roteiro (Edição Especial), 327-344. https://doi.org/10.18593/r.v43iesp.17538.

Barroso, J. (2004). A autonomia das escolas, uma ficção necessária. Revista Portuguesa de Educação, 17(2), 49-83.

Barroso, J. (2010). Conhecimento, actores e política. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 12, 37-50.

Barroso, J. (2011a). Direção de escolas e regulação das políticas: em busca do unicórnio. In A. Neto-Mendes, J. Costa & A. Ventura (Orgs.), A emergência do Diretor da escola: questões políticas e organizacionais (pp. 11-22). Universidade de Aveiro.

Barroso, J. (2011b). Conhecimento e acção pública: as políticas sobre a gestão e autonomia das escolas em Portugal. In J. Barroso & Natércio, A. (Orgs.), Políticas educativas. Mobilização de conhecimentos e modos de regulação (pp. 27-58). Fundação Manuel Leão.

Barzanò, G (2009). Culturas de liderança e lógicas de responsabilidade. As experiências de Inglaterra, Itália e Portugal. Fundação Manuel Leão.

Botler, A. (2018). Gestão escolar para uma escola mais justa. Educar em Revista, 34(68), 89-105. https://doi.org/10.1590/0104-4060.57217.

Bryman, A. (2004). Social Research Methods (2ª ed). Oxford University Press.

Carvalho, M. (2013). A Administração Escolar: Racionalidade ou Racionalidades?. Revista Lusófona de Educação, 25, 213-229.

Carvalho, M. (2017). O perfil do gestor da escola pública portuguesa. Revista Espaço do Currículo, 10(1), 82-9. https://doi.org/10.15687/rec.v10i1.32586.

Creswall, J. W. (2003). Research Design – Qualitative, Quantitative, and Mixed Methods Approaches (2ª ed). Sage Publications.

Dutra, C. (2017). A Contribuição da Gestão por Competências para uma Administração Escolar Participativa: um estudo de caso. Administração de Empresas em Revista, Curitiba, 17(18), 68-82.

Formosinho, J., Fernandes, A., Machado, J. & Ferreira, H. (2010). Autonomia da Escola Pública em Portugal. Fundação Manuel Leão.

Lima, L. & Afonso, A. J. (1995). The promised land: school autonomy, evaluation and curriculum decision making in Portugal. Educational Review, 47(2), 165-172.

Lima, L. (2009). A democratização do governo das escolas públicas em Portugal. Sociologia. Revista da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 19, 227-253.

Lima, L. (2011). Diretor de escola: subordinação e poder. In A. Neto-Mendes, J. Costa & A. Ventura (Orgs.), A emergência do Diretor da escola: questões políticas e organizacionais (pp. 47-66). Universidade de Aveiro.

Lima, L. (2014). A gestão democrática das escolas: do autogoverno à ascensão de uma pós-democracia gestionária?. Educação e Sociedade, 35(129), 1067-1083. https://doi.org/10.1590/ES0101-73302014142170.

Lima, L. (2018). Por que é tão difícil democratizar a gestão da escola pública? Educar em Revista, 34(68), 15-28. https://doi.org/10.1590/0104-4060.57479.

Lima, M. (2014). Estilos de gestão e a influência na administração escolar. Revista Internacional de Investigação em Ciências Sociais, 10(2), 230-238.

Lopes, A. & Ferreira, E. (2013). A figura do Diretor – (des)continuidades narrativas de líderes e liderados em contexto escolar. Revista Portuguesa de Investigação Educacional, 13, 137-154.

Martins, F. & Macedo, A. (2017). O Novo Modelo de Gestão e a Democratização e Participação na Escola: perspetivas de atores educativos. Revista de Estudios y Investigación en Psicología y Educación, vol. extr.(6), 85-89. https://doi.org/10.17979/reipe.2017.0.06.2288.

Oliveira, D. & Duarte, A. & Clementino, A. (2017). Nova Gestão Pública no contexto escolar e os dilemas dos(as) Diretores(as). Revista Brasileira de Política e Administração na Educação, 33(3), 707-726. https://doi.org/10.21573/vol33n32017.79303.

Paro, V. (2010). A educação, a política e a administração: reflexões sobre a prática do Diretor de escola. Educação e Pesquisa, 36(3), 763-778. https://doi.org/10.1590/S1517-97022010000300008.

Silva, G. & Sá, V. (2017). O Diretor Escolar Em Portugal: formação e perfil profissional. Revista Espaço do Currículo, 10(1), 62-81. https://doi.org/10.15687/rec.v10i1.33555.

Silva, J. (2001). Cultura Escolar, Autoridade, Hierarquia e Participação: alguns elementos para reflexão. Cadernos de Pesquisa, 112, 125-135. https://doi.org/10.1590/S0100-15742001000100006.

Silva, M. & Machado, J. (2013). A escolha do Diretor. Revista Portuguesa de Investigação Educacional, 13, 107-135.

Silverman, D. (2000). Doing Qualitative Research – A practical handbook. Sage Publications.

Torres, L. (2007). Cultura organizacional escolar: apogeu investigativo no quadro de emergência das políticas neoliberais. Educação e Sociedade, 28(98), 151-179. https://doi.org/10.1590/S0101-73302007000100009.

Torres, L. (2008). A escola como entreposto cultural: o cultural e o simbólico no desenvolvimento democrático da escola. Revista Portuguesa de Educação, 21(1), 59-81. https://doi.org/10.21814/rpe.13919.

Torres, L. & Palhares, J. (2009). Estilos de liderança e escola democrática. Revista Lusófona de Educação, 14, 77-99.

Torres, L. & Neto-Mendes, A. (2011). Apresentação de "Administração Escolar: Estudos" de Lima, Licínio. Revista Portuguesa de Educação, 24(1), 249-257. https://doi.org/10.21814/rpe.3047.

Torres, L., Palhares, J. & Afonso, A. J. (2018). Marketing Accountability e Excelência na Escola Pública Portuguesa: A Construção da Imagem Social da Escola Através da Performatividade Académica. Arquivos Analíticos de Políticas Educativas, Arizona, 26(134), 1-28. https://doi.org/10.14507/epaa.26.3716.