Modelo de intervenção remota a um estudante com Paralisia Cerebral: Uso de jogo digital com aportes tecnológicos e de tecnologia assistiva
DOI:
https://doi.org/10.21814/rpe.32654Palavras-chave:
Educação especial; Ensino remoto; Jogos Digitais; Paralisia Cerebral; Inclusão.Resumo
Com o período de pandemia da COVID-19, tornou-se necessária a criação de modelos de atendimento remoto para não interromper o desenvolvimento educacional dos alunos do público-alvo da educação especial. Objetivou-se desenvolver um modelo de intervenção remota para um aluno com paralisia cerebral, utilizando um jogo digital, por meio de contribuições tecnológicas e Recursos de Tecnologia Assistiva (RTA). Trata-se de uma pesquisa qualitativa com estudo de caso de um aluno com paralisia cerebral que apresenta dificuldades na motricidade grossa, no uso das mãos e na comunicação, necessitando de interações pedagógicas que correspondam às atividades lúdico-educativas em meio a um período de pandemia de COVID-19. Para a coleta de dados, recorreu-se: (1) a um guia informativo; (2) à identificação e seleção dos RTA; e (3) à elaboração do jogo da velha em PowerPoint. Após essa etapa, juízes e pesquisadores estiveram presentes na residência do participante para avaliar o contexto familiar, os equipamentos selecionados e os RTA. As sessões foram gravadas por meio de filmagem. As anotações eletrônicas foram realizadas por meio de: (1) desempenho do participante nas habilidades básicas de configuração do notebook e do jogo; (2) a usabilidade dos RTA; e (3) interação com o adversário (pesquisador). Na análise dos dados, foram descritas a usabilidade dos RTA juntamente com o modelo utilizado para configuração e execução do serviço remoto. A família teve protagonismo no auxílio ao participante na formação inicial na modalidade remota para interação com a tecnologia digital. Ressalta-se que foram utilizados os seguintes RTA: (1) teclado ampliado; (2) mouse estacionário (tipo Trackball).
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