As Buffard as Possible

Autores

  • Pauline Le Boulba Dotoranda no Departamento de Dança da Universidade de Paris

DOI:

https://doi.org/10.51427/cet.sdc.2020.0003

Palavras-chave:

Investigação-criação, Recepção performada, Crítica Afectada, The Flying Lesbians, Alain Buffard

Resumo

Eu imagino as peças coreográficas como amigos, cúmplices, lugares para explorar, margens para (re)iniciar. De certa forma, como alimento. Com a série "La Langue Brisée," venho desenvolvendo desde 2015 formas de vida derivadas do trabalho de outros, um processo que comecei a chamar de "recepções performadas": concebo hipóteses afetivas e gestuais a partir de peças de dança que vi. "As Buffard As Possible" narra meu encontro e minha contínua relação com duas obras do coreógrafo francês Alain Buffard (1960-2013): "Dispositifs 3.1" (2001) e "Mon déjeuner avec Anna" (2005). Mas também conta sobre meu encontro com The Flying Lesbians, o primeiro grupo de rock europeu formado por lésbicas nos anos 1970, e como elas também se tornam minhas cúmplices e influenciam minha percepção das obras de Buffard. Peço a elas que me acompanhem no palco para "La langue brisée (3)", uma peça que apresentei em outubro de 2017 no Centre National de Danse (CND) de Pantin, em Paris. Elas me respondem que o grupo não existe mais e que estão muito velhas agora, embora aceitem me receber em suas casas. Elas me contam suas histórias. Eu gravo. Eu estendo uma ficção a partir das obras de Buffard. Eu faço uma "filiação-ficção". Eu me identifico com Heidi, a figura perturbada de "Dispositifs 3.1," presa entre aprendizado e pirateamento, entre imitação e traição.

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Publicado

2020-01-06

Como Citar

Le Boulba, P. (2020). As Buffard as Possible. Sinais De Cena, (4), 9–25. https://doi.org/10.51427/cet.sdc.2020.0003

Edição

Secção

Dossiê temático