A Revolução, o Fundo de Teatro e o Teatro Independente: quando o gesto ultrapassa o discurso

Autores

DOI:

https://doi.org/10.51427/cet.sdc.2024.3.3.5

Palavras-chave:

Políticas Públicas de Cultura,, 25 de Abril, Teatro Independente,, Descentralização, Fundo de Teatro

Resumo

O conceito de teatro independente assume variadas formas consoante o contexto histórico e institucional sob análise. Em Portugal, a importância do 25 de Abril na sua afirmação produz características distintas a nível europeu. No projeto ARTHE – Arquivar o Teatro, aplicámos o conceito de teatro independente como referente ao “conjunto heterogéneo de companhias não comerciais que cresceram no pós-25 de Abril”. Mas como é que este processo aconteceu? Cresceram de que forma? Com que apoios e financiamento? Com que enquadramento legal e relações institucionais? Partindo da análise histórica de documentos de diferentes arquivos, entrevistas e legislação, procurei responder a estas questões sob a perspetiva da teoria neoinstitucional (Balme, 2017), e em diálogo com a análise de Manfred Brauneck (2017) e Daria Lavrennikov (2020) ao teatro independente a nível europeu. Concluo que o devir programático da democratização teatral e cultural influiu nas instituições de políticas públicas de cultura após o 25 de Abril de forma ambivalente, promovendo o “teatro independente” e a “descentralização” através de uma alteração da relação de forças dentro do Fundo de Teatro, mas sem nunca os assumir enquanto política pública coerente.

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Publicado

2024-11-23

Como Citar

Ivo Cruz, T. (2024). A Revolução, o Fundo de Teatro e o Teatro Independente: quando o gesto ultrapassa o discurso. Sinais De Cena, 3(3), 92–123. https://doi.org/10.51427/cet.sdc.2024.3.3.5

Edição

Secção

Dossiê temático