Inclusão Cognitiva nos Campos Conceituais Aditivo e Multiplicativo de um Estudante Cego

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25749/sis.27377

Palavras-chave:

campos conceituais aditivo e multiplicativo, inclusão cognitiva, matemática social, ensino fundamental

Resumo

A Matemática, como espaço para a inclusão social, promove a autonomia em situações do cotidiano com saberes que demandam a compreensão do conceito de número e operações (adição, subtração, multiplicação, divisão). Esse artigo apresenta um recorte de uma dissertação de mestrado cujo objetivo foi implementar uma sequência didática para o desenvolvimento dos Campos Conceituais das estruturas aditivas e multiplicativas nos Números Naturais para um estudante cego congênito. Com uma abordagem qualitativa, descreve-se intervenções pedagógicas ao longo de 3 semestres, identificando que o estudante compreendia o conceito de número e, ao longo do processo, passa a organizar os esquemas adequadamente para a solução de situações problemas envolvendo estruturas aditivas e multiplicativas. Como o estudante é cego, a representação de seus esquemas mentais é feita oralmente e/ou com material tátil. Infere-se que uma sequência didática pode contribuir com o processo de desenvolvimento de noções matemáticas, respeitando o ritmo de aprendizagem do estudante.

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Biografias Autor

Luiza Ojeda Hoffmann, Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Matemática, Universidade Luterana do Brasil, Brasil

Licenciada em Matemática pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), mestranda do Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Matemática (PPGECIM) da ULBRA.

Claudia Lisete Oliveira Groenwald, Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Matemática, Universidade Luterana do Brasil, Brasil

Licenciada em Matemática, Doutora em Ciências da Educação pela Pontifícia de Salamanca (Espanha), Pós-doutorado em Tecnologias Educacionais pela Universidade de La Laguna em Tenerife (Espanha). Atua na Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) no Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Matemática (PPGECIM) e no curso de Matemática Licenciatura. Atualmente é presidente da Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM) e secretária do Comitê Interamericano de Educação Matemática (CIAEM). É editora da revista Acta Scientiae da ULBRA.

Marlise Geller, Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Matemática, Universidade Luterana do Brasil, Brasil

Mestre em Educação pela PUCRS e doutora em Informática na Educação pela UFRGS. Atua na Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), no Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática (PPGECIM) e nos cursos de Licenciatura.

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Publicado

2022-10-31