Análise dos Recursos Solicitados para Atendimento Especializado e/ou Específico no Exame Nacional do Ensino Médio

Série Histórica (2016-2020)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25749/sis.27509

Palavras-chave:

exame nacional do ensino médio, recursos de acessibilidade, necessidades especiais, sistema nacional de avaliação

Resumo

Este estudo teve como objetivos: 1) identificar o número de pessoas inscritas no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), no período de 2016 a 2020, que solicitaram algum tipo de Atendimento Especializado e/ou Específico, com destaque para a frequência daquelas que fazem parte do chamado Público-alvo da Educação Especial (PAEE); e 2) identificar os tipos de recursos solicitados pelos candidatos inscritos para relacionar as condições desse público com tais recursos. Os dados foram obtidos por meio dos registros disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e analisados por meio de estatística descritiva, com o apoio do Microsoft® Office Excel em um computador de alto desempenho. Os resultados apontaram o alto crescimento do público autista e a diminuição de surdos. No entanto, há uma diminuição no geral de candidatos que prestam o ENEM (cerca de 33%), e os grupos que resistem e contrariam a lógica da redução são cada vez mais escassos. Chamou atenção que alguns recursos, tais como macas e computadores, não chegam à casa das dezenas, enquanto outros ultrapassam os milhares (sala de fácil acesso e auxílio para transcrição). Esse dado indica que tanto um quanto outro são recursos possíveis para públicos distintos, visando o atendimento às singularidades desses sujeitos.

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Biografias Autor

Luiz Renato Martins da Rocha, Centro de Matemática, Computação e Cognição, Universidade Federal do ABC, Brasil

Professor Doutor na Universidade Federal do ABC, Santo André, São Paulo, Brasil.  Centro de Matemática, Computação e Cognição (CMCC). Doutor e Mestre em Educação Especial pela Universidade Federal de São Carlos.

Jáima Pinheiro de Oliveira, Departamento de Administração Escolar, Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil

Professora Adjunta do Departamento de Administração Escolar (DAE) da Faculdade de Educação (FAE) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Bolsista de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) vinculada ao grupo de pesquisa Deficiências Físicas e Sensoriais (DefSen/CNPq); Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação: Conhecimento e Inclusão Social e do Mestrado Profissional em Educação e Docência, ambos da FAE/UFMG.

Josiane Pereira Torres, Departamento de Administração Escolar, Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil

Professora Adjunta do Departamento de Administração Escolar (DAE) da Faculdade de Educação (FAE) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Membro do Grupo de pesquisa sobre política educacional e trabalho docente (GESTRADO/FaE/UFMG). Professora colaboradora do Programa de Pós-graduação em Educação: Conhecimento e Inclusão Social – PPGE/UFMG e professora permanente do programa de Mestrado Profissional Educação e Docência – PROMESTRE/UFMG. Atua nas áreas de políticas públicas de Educação Especial e formação de professores para a inclusão escolar.

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Publicado

2022-10-31