Enfisema Cervical Subcutâneo Após Epidural para Analgesia de Trabalho de Parto:

Caso Clínico de uma Complicação Pouco Frequente

Autores

  • Sara Margarida Rego Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
  • Carlos Silva
  • Maria Lima
  • Eva Silva
  • Eva Silva
  • Liliana Paulo
  • Marta Azenha

Palavras-chave:

Analgesia Epidural; Analgesia Obstétrica; Enfisema Subcutâneo; Enfisema Mediastínico

Resumo

Os autores descrevem um caso raro de enfisema cervical subcutâneo iatrogénico após inserção de cateter epidural lombar para analgesia de trabalho de parto.

A técnica epidural, apesar de ser considerada o gold standard na analgesia de trabalho de parto, não é isenta de complicações. O enfisema subcutâneo, embora raro, é uma possível complicação na pesquisa do espaço epidural com a técnica de perda de resistência com ar. Sendo geralmente uma condição autolimitada, o tratamento é conservador e a sua resolução depende da quantidade de ar retida, que normalmente é reabsorvida em poucos dias.

Uma forma de evitar esta complicação é o uso de solução salina na técnica de perda de resistência para identificação do espaço epidural. No entanto, se for utilizada a técnica de perda de resistência com ar, devem ser adotadas algumas medidas preventivas.

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Referências

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Publicado

2019-04-03

Como Citar

Rego, S. M., Silva, C., Lima, M., Silva, E., Silva, E., Paulo, L., & Azenha, M. (2019). Enfisema Cervical Subcutâneo Após Epidural para Analgesia de Trabalho de Parto:: Caso Clínico de uma Complicação Pouco Frequente. Revista Da Sociedade Portuguesa De Anestesiologia, 28(1), 63–66. Obtido de https://revistas.rcaap.pt/anestesiologia/article/view/16415

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