THE DISTRIBUTION OF WEIGHT STANDARDS TO PORTUGUESE CITIES AND TOWNS IN THE EARLY 16TH CENTURY: ADMINISTRATIVE, DEMOGRAPHIC AND ECONOMIC FACTORS
DOI:
https://doi.org/10.18055/Finis17728Resumo
A DISTRIBUIÇÃO DE PADRÕES DE PESOS AOS MUNICÍPIOS PORTUGUESES NO INÍCIO DO SÈCULO XVI. FACTORES ADMINISTRATIVOS, DEMOGRÁFICOS E ECONÓMICOS. Em Maio de 1503, numa carta até agora pouco conhecida, mas de grande importância para a história da reforma dos pesos em Portugal, Dom Manuel I anunciava a entrega dos novos padrões aos municípios e fixava a entrada em vigor do novo sistema em Janeiro de 1504. Sabe-se que as pilhas de pesos manuelinas já estavam a ser entregues em Julho de 1503 e que o novo sistema entrou de facto em vigor em 1504. Nas décadas seguintes, a documentação mostra que as regras estabelecidas continuavam em vigor e que as autoridades regionais procuravam garantir a sua aplicação. É também verdade que muitos municípios foram obtendo dispensas de ter os padrões, considerando a sua pequenez, pobreza ou a inexistência de comércio. O cruzamento da inventariação das pilhas manuelinas, recentemente realizada, com os dados do cadastro de 1527-1532 permite agora uma análise mais substancial sobre a forma como se desenrolou este processo. Mais do que a população global de um município, parecem ter sido a população e importância da sua sede os factores que mais influíram na aquisição de uma pilha manuelina. Das pilhas manuelinas com município de origem identificado, 97% provêm de cidades ou vilas, 92% provêm de municípios que tinham mais de 150 moradores, 80% provém de municípios cujas sedes tinham mais de 100 moradores e 75% provêm de municípios que tinham fortificações. A comarca do Entre-Douro-e-Minho, a mais densamente povoada, mas onde predominava o povoamento disperso, destaca-se pela baixa densidade de pilhas manuelinas referenciadas. O número de municípios com pilhas manuelinas poderá ter-se aproximados das duas centenas, sendo certo que mais de 120 estão referenciadas.
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