CONTRASTES TERRITORIAIS NA AMÉRICA PORTUGUESA:
A LENTIDÃO EXTREMA E UMA REDE ATLÂNTICA DE PESSOAS E DE IDEIAS.
DOI:
https://doi.org/10.18055/Finis33181Resumo
Territórios são formados por contrastes que se tornam mais aparentes na medida em que os estudamos cada vez mais. O mesmo vale para territórios do passado. Nesta pesquisa, buscamos apresentar duas perspetivas aparentemente opostas e que compunham, simultaneamente, a América Portuguesa: a "lentidão extrema" e a rede atlântica de pessoas e de ideias. Ambas as temáticas são abordadas a partir de relatos do botânico francês Auguste de Saint-Hilaire, seja a partir de suas próprias experiências no início do século XIX, seja a partir dos relatos secundários que o mesmo realiza em sua obra. A análise desses contrastes territoriais é subsidiada pela perspetiva geográfica que enfatiza o caráter escalar dos fenômenos, sobrepondo-os e reconsiderando-os constantemente, à luz da história e de suas irregularidades, com o uso de correspondências da administração portuguesa à época. Em nosso entendimento, a geografia tem contribuído largamente com estudos sobre os territórios do passado, para além da cartografia e de outros produtos visuais. O raciocínio geográfico espacializa fenômenos, localizando-os em uma estrutura determinada, conferindo a eles não apenas certas atribuições, mas, principalmente, correlacionando-os com outros fenômenos localizados em escalas distintas. A partir da necessária dialética desse movimento interescalar, propomos uma conceituação aparentemente contraditória de um território que podia ser, ao mesmo tempo, "extremamente lento" e conectado a um oceano de pessoas e de ideias, tendo o "sertão" participação-chave nessa dinâmica.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2023 Finisterra
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.
1. As opiniões expressas nos textos submetidos à Finisterra são da responsabilidade dos/as autores/as.
2. Os/As autores/as conservam os direitos de autor/a e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Os/As autores/as comprometem-se a seguir as “Normas para submissão de manuscritos”, na plataforma RCAAP.
4. Sempre que o texto precisar de sofrer alterações, por sugestão dos/as Revisores/as Científicos/as e/ou da Comissão Executiva, os/as autores/as comprometem-se a aceitar essas sugestões e a introduzi-las nas condições solicitadas. Sempre que houver alterações de que os/as autores/as discordem, devem ser apresentadas as respectivas justificações, caso a caso.
5. A reprodução de material sujeito a direitos de autor/a foi antecipadamente autorizada.
6. Os textos são originais, não publicados nem submetidos a outras revistas.