Atores-chave do Processo de Construção da Identidade Profissional dos Educadores Sociais em Portugal

Autores

  • Fátima Correia Escola Superior de Educação do Porto

DOI:

https://doi.org/10.25755/int.21163

Resumo

A Educação Social é uma profissão em processo de afirmação da sua identidade, a qual conhece um conjunto de desafios por ser uma profissão ainda pouco amadurecida, não se sabendo quantos educadores sociais existem em Portugal, quantos exercem a sua atividade profissional enquanto educadores sociais e com que funções. Por outro lado, os educadores sociais enfrentam dificuldades em legitimar a sua profissão devido a fatores relativos à própria evolução académica e à polivalência de contextos e funções que pode assumir, mas também devido a fatores externos, pela confusão com áreas profissionais similares e com outros profissionais com maior tradição na ação social. Decorrente desta confusão e de uma maior necessidade de racionalização de recursos, surgem estratégias de contratação indiferenciadoras por parte dos empregadores, dificultando os processos de profissionalização da Educação Social, onde ninguém mais sabe quem faz o quê. Acresce que o contexto onde se movem os educadores sociais – o “social”, espaço complexo e em constante mudança – também conhece, atualmente, particularidades que dificultam a consolidação de culturas profissionais nomeadamente alterações políticas, económicas e sociais, sobretudo na reconfiguração do mercado de trabalho. A profissão constrói-se assim a partir de realidades que a afetam e condicionam, provocadas por um conjunto de atores que intervêm no processo profissionalizador. Este artigo parte de um modelo dialético de atores-chave envolvidos no processo de profissionalização dos educadores sociais definido por Saéz Carreras (2008) para dar pistas sobre a realidade da Educação Social em Portugal.

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Publicado

2021-08-30

Como Citar

Correia, F. (2021). Atores-chave do Processo de Construção da Identidade Profissional dos Educadores Sociais em Portugal. Revista Interacções, 17(56), 11–30. https://doi.org/10.25755/int.21163