As competências que a calculadora gráfica promove no ensino/aprendizagem da matemática: um estudo de caso numa turma do 11.º ano

Autores

  • Dulce Silva Escola Secundária Doutor Ginestal Machado Santarém
  • Sónia Raquel Seixas Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Santarém

DOI:

https://doi.org/10.25755/int.429

Palavras-chave:

Inovação Pedagógica, Matemática, Ensino/Aprendizagem da Matemática, Calculadora Gráfica.

Resumo

Na sociedade em constante mudança onde actualmente vivemos, o acelerado desenvolvimento científico e tecnológico exige uma nova postura da escola na formação dos alunos como cidadãos críticos, activos, esclarecidos e responsáveis, de forma a facilitar-lhes uma plena integração na sociedade. Deste modo, é fundamental a implementação em sala de aula, de mudanças e estratégias de inovação pedagógica que se reconheçam capazes de transformar a escola de modo a obter melhorias significativas na Educação, onde se inclui a integração das novas tecnologias.

Sendo a calculadora gráfica de uso obrigatório na disciplina de Matemática e face às suas potencialidades educativas, no decurso do Ensino Secundário deve ser dada uma especial relevância à sua utilização em sala de aula de modo a estimular nos alunos o desenvolvimento de competências científicas e sociais.

Neste sentido, visando o desenvolvimento de estratégias que conduzam a melhorias significativas no ensino/aprendizagem da Matemática pretende-se, com o presente estudo, identificar as competências desenvolvidas pela utilização desta ferramenta pedagógica.

O estudo incidiu sobre os vinte e dois alunos que constituem uma turma do 11.º ano de escolaridade, com idades compreendidas entre os quinze e os dezassete anos. A metodologia adoptada foi de índole qualitativa e interpretativa, designadamente o estudo de caso, dado que as suas características apontavam este design de investigação como sendo apropriado para o tipo de pesquisa que se pretendia realizar. Os instrumentos utilizados para a recolha de dados basearam-se na observação participante, gravação em vídeo de algumas aulas e na realização de entrevistas semi-estruturadas a todos os alunos da turma.

Dos resultados obtidos do estudo conclui-se que a utilização da calculadora gráfica beneficiou atitudes mais positivas dos alunos em relação à Matemática, nomeadamente atitudes de persistência na resolução de situações problemáticas, desenvolveu a autonomia e a capacidade de argumentação, o espírito crítico e de iniciativa, o espírito de equipa e cooperação e a auto-confiança. Os alunos salientaram, igualmente, a importância das tarefas a propor em sala de aula, de forma a criar um ambiente mais activo, mais dinâmico e mais estimulante, surgindo este, no seu discurso, como um factor determinante no sucesso das aprendizagens.

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Publicado

2010-07-06

Como Citar

Silva, D., & Seixas, S. R. (2010). As competências que a calculadora gráfica promove no ensino/aprendizagem da matemática: um estudo de caso numa turma do 11.º ano. Revista Interacções, 6(15). https://doi.org/10.25755/int.429

Edição

Secção

Número 15 - Investigação e Prática Profissional: Histórias de Relação como Saber (II).