Atitudes e preocupações de professores e outros agentes educativos face à inclusão
DOI:
https://doi.org/10.25755/int.419Palavras-chave:
Educação inclusiva, Agentes educativos, Atitudes, Preocupações.Resumo
No século XXI, as sociedades caracterizam-se pela complexidade e diversidade. Também as escolas são caracterizadas como espaços/tempos complexos e diversificados (César, 2003, 2009). Desenvolver práticas mais inclusivas é fundamental para a construção de cenários educativos que acolham a diferença como recurso valioso para todos (Ainscow & César, 2006; Armstrong, Armstrong, & Barton, 2000). Estudar as mudanças que a formação de agentes educativos promove nos sentimentos, atitudes e preocupações face à educação inclusiva é, assim, essencial (Loreman, Earle, Sharma, & Forlin, 2007; Sharma, Forlin, Loreman, & Earle, 2006). Este trabalho insere-se num projecto mais vasto, Educação Inclusiva e Processos de Formação, cujo principal objectivo é estudar que sentimentos, atitudes e preocupações apresentam os agentes educativos, antes e após uma formação relacionada com a educação inclusiva. Desenvolvemos este estudo assumindo uma abordagem interpretativa e um design baseado num long panel survey. A sub-amostra deste estudo inclui agentes educativos (N=81), em formação inicial ou pós-graduada, em instituições de ensino superior, da região da Grande Lisboa. Como instrumentos de recolha de dados utilizámos: (1) a recolha documental; e (2) a escala SACIE – Sentiments, Attitudes & Concerns about Inclusive Education, de Loreman, Earle, Sharma, & Forlin (2006), aplicada em dois momentos: no início e no final das unidades curriculares seleccionadas. Os dados revelam um ligeiro aumento do número de sujeitos que indicam atitudes mais inclusivas face aos alunos caracterizados como apresentando necessidades educativas especiais, quando se confrontam os dois momentos da aplicação da escala. Revelam, ainda, um elevado nível de preocupações face à educação inclusiva.
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