Obesidade Infantil: Estudo em Crianças num ATL

Authors

  • Paulo Almeida Pereira
  • Liliana Correia Lopes

Abstract

A obesidade infantil apresenta uma tendência
crescente, devido essencialmente aos maus hábitos alimentares
e ao sedentarismo. Por isso, é cada vez mais relevante
determinar as causas e consequências deste fenómeno.
Procede-se ao enquadramento, em termos teóricos,
do conceito de obesidade infantil e da sua relação com os
fatores de risco/proteção, como os hábitos alimentares, a
atividade física e o sedentarismo, procurando fazer a ligação
entre o que se passa em casa e na escola.
Define-se brevemente o enquadramento
metodológico, a partir da caracterização da população em
estudo – crianças que frequentam Atividade de Ocupação de
Tempo Livre (ATL) –, com idades entre os 6 e os 10 anos, até
à definição de objetivos e hipóteses a analisar, bem como o
instrumento de recolha de informação apropriado para atingir
esses objectivos.
A análise dos dados recolhidos permite estudar a
relação entre os hábitos alimentares, a atividade física e o
sedentarismo com a obesidade infantil observada na amostra,
verificando-se que as crianças com obesidade almoçam mais
na escola e menos em casa, vão mais a locais com fast-food,
comem menos vegetais e menos vezes sopa, mas também
consomem menos doces; não há uma relação entre os hábitos
de atividade física e a obesidade, e, quanto à relação entre as
atividades sedentárias e a obesidade, observa-se o contrário do
esperado, sendo a prática das atividades sedentárias inferior
para as crianças que apresentam níveis de obesidade.

Downloads

Download data is not yet available.

References

• Ama, O. et al. (2003). Sobrepeso e obesidade infantil. Influência de factores biológicos e ambientais em feira de

Santana, BA. Arq Bras Endocrinol Metab, 47, 2: 144-150.

• Amaral, O., Pereira, C. (2008). Obesidade: da genética ao ambiente. Revista Millenium, 34: 311-320.

• Aparício, G., Cunha, M., Duarte, J., Pereira, A. (2011). Olhar dos Pais sobre o Estado Nutricional das Crianças

Pré‐escolares. Millenium, 40: 99‐113.

• Caballero, B (2006). Childhood Obesity: Contemporary Issues, American Journal of Human Biology, Volume 18,

Issue 4: 561.

• Carmo, I., (2006). Mais Saúde, Activa, n.º 182: 106.

• Duarte, M. E. B. (s.d.). Influência dos estilos de vida familiar no desenvolvimento do excesso de peso e obesidade em

crianças em idade pré-escolar: revisão de literatura. Universidade de Lisboa. Disponível em :

<http://www.ul.pt/pls/portal/docs/1/169911.PDF>. (Consulta realizada a 03/11/2008).

• Fonseca, P. (1998). Obesidade infantil - factores de risco. Nascer e Crescer, Vol. 8, nº 2.

• Hill, M. M.; HILL, A. (2000). Investigação por Questionário. Lisboa: Edições Sílabo.

• IOFT (2005). Obesity in Europe, EU Platform on Diet, Physical Activity and Health. International Obesity Task Force.

Disponível em: <http://ec.europa.eu/health/ph_determinants/life_style/nutrition/documents/iotf_en.pdf>. (Consulta

realizada a 03/11/2008).

• IOTF (2005). About Obesity. Internacional Obesity Task Force.

Disponível em: <http://www.obesity.chair.ulaval.ca/IOTF.htm>. (Consulta realizada a 03/11/2008).

• Kayri, M. (2007). Two-step Clustering Analysis in Researchs: A Case Study, Eurasian Journal of Educational

Research, 28: 89-99.

• Maroco, J. (2003). Análise Estatística – Com Utilização do SPSS. Lisboa: Edições Sílabo.

• Martins, S. (2005). Obesidade infantil, Medicina e Saúde, n.º 95, 9: 52-54.

• Mendes, P.; Fernandes, A. (2003). A Criança e a Televisão, Acta Pediatr Port; 34: 101-4.

• Ministério da Saúde – Direção Geral da Saúde (2006). Circular Normativa 05/DSMIA de 21/02/2006, Actualização das

Curvas de Crescimento.

• Mota, J. (2003). O papel da actividade física na obesidade infantil – algumas reflexões sobre um projecto de

intervenção. Nascer e Crescer, Vol. 12, n.º 3.

• Mumbeia Pons, V. (1997). Obesidade Infantil y hábitos alimentares. Rol de Enfermeria, ano XX, n.º 221: 11-17.

• Padez, C.; Fernandes, T.; Mourão, I.; Moreira, P.; Rosado, V. (2004). Prevalence of overweight and obesity in 7-9-yearold

Portuguese children: Trends in body mass index from 1970-2002. American Journal of Human Biology, Volume

, Issue 6: 670–678.

• Pestana, M. H; Gageiro; J. N. (2005). Análise de dados para Ciências Sociais - A complementaridade do SPSS. 4.ª Ed.

Rev. e aumentada, Lisboa: Edições Sílabo.

• Pires, T. (2006). A evolução da saúde infantil em Portugal. Medicina & Saúde, n.º 104.

• Ribeiro, J. L. P. (1999). Investigação e avaliação em Psicologia da Saúde. Lisboa: Climepsi Editores.

• Santos, R; Aires, L.; Santos, P.; Ribeiro, J. C.; Mota, J. (2008). Prevalence of overweight and obesity in a Portuguese

sample of adults: Results from the Azorean Physical Activity and Health Study. American Journal of Human Biology,

Volume 20, Issue 1: 78-85.

• SPEO - Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade. Disponível em:

<http://www.speo-obesidade.pt/CDA/HPhomepage.aspx>. (Consulta realizada a 03/11/2008).

• Torrado, I. (1999). Será o destino?. Progresso em Saúde Infantil, n.º 26.

• WHO (2000). Obesity: Preventing and managing the global epidemic. Geneva: World Health Organization Technical

Support Series, 894. Geneva: World Health Organization

Published

2016-02-03

How to Cite

Pereira, P. A., & Lopes, L. C. (2016). Obesidade Infantil: Estudo em Crianças num ATL. Millenium - Journal of Education, Technologies, and Health, (42), 105–125. Retrieved from https://revistas.rcaap.pt/millenium/article/view/8197

Issue

Section

Articles