“Eu não gosto dessa história de mentiras!”: Sigilo, anonimato e ética na pesquisa com crianças
DOI:
https://doi.org/10.21814/rpe.20909Palavras-chave:
Infâncias, Pesquisa com crianças, Ética, Metodologias participativas, Violências de gêneroResumo
O presente artigo discute alguns aspectos teórico-metodológicos e éticos envolvidos na construção de uma pesquisa realizada com crianças de cinco anos de idade, alunas da rede municipal de Educação Infantil, em uma cidade da Região Metropolitana de Porto Alegre, situada no estado do Rio Grande do Sul / Brasil. O objetivo central da investigação foi compreender como as crianças percebiam e interpretavam as violências de gênero vividas no âmbito familiar e/ou no seu entorno. A partir das teorizações propostas pela Sociologia da Infância e pelos Estudos de Gênero, foram utilizadas estratégias para promover esse debate com as crianças por meio de rodas de conversa e da leitura literária. Os resultados da pesquisa apontaram para a importância da participação das crianças no desenvolvimento da investigação e dentro de princípios éticos, envolvendo o respeito às suas visões de mundo e possibilitando o reconhecimento e a identificação de situações de violência e de seus possíveis desdobramentos.
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