Le théâtre de Tiago Rodrigues, "malgré les ruines et la mort"
DOI:
https://doi.org/10.51427/cet.sdc.2022.0016Palavras-chave:
Tiago Rodrigues, corpo, clássicos, aprender de cor, leitura, teatroResumo
Este ensaio analisa as relações entre o património literário mundial e a obra teatral de Tiago Rodrigues, autor, encenador, fundador do grupo Mundo perfeito, diretor do TNDMII (2014-2021) e atual diretor do Festival d'Avignon. Trata-se de demonstrar como a presença de obras-primas universais na escrita e nos espetáculos do artista português constitui um meio de lutar contra todas as formas de destruição: opressão política, doença, morte, esquecimento. No seu trabalho, Tiago Rodrigues procura criar uma interação entre os textos escritos e os corpos vivos que permite não só prolongar a vida das obras do passado como proporciona o renascer de todos os seres humanos ou fictícios ligados a elas: autores que as escreveram, leitores apaixonados por elas, atores que as interpretaram, personagens. Com esse objetivo, a sua obra teatral explora as diversas relações que podem existir entre um corpo e um texto: aprendizagem de cor em By Heart, leitura nas duas peças baseadas em romances do século XIX (Bovary e Como ela morre); representação teatral no espetáculo Sopro e, finalmente, reescrita nas tragédias: António e Cleópatra a partir da peça de Shakespeare assim como a trilogia trágica inspirada nos autores gregos antigos (Ifigénia, Electra e Orestes).
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