Rescritas cénicas da ópera "King Priam" de Michael Tippett, nos séculos XX e XXI
DOI:
https://doi.org/10.51427/cet.sdc.2017.0005Palavras-chave:
King Priam, Arquivo pré-texto, Obra em movimento, Momento escolhido, CenografiaResumo
Esta investigação tenta testar as noções de "pretexto de arquivo" e "obra em movimento" (Féral) num estudo de caso da ópera King Priam do compositor, libretista e pacifista britânico Michael Kemp Tippett (1908-1998). Inspirada em A Ilíada de Homero, esta ópera de temática quente trata de assuntos de todas as épocas, tais como conflito e escolha, e tem sido executada há mais de cinquenta anos. Para atingir este objectivo, um "momento escolhido" (Feral) é analisado em três reescritas (1962, 1985 e 2014) desta obra, resolutamente teatral desde a sua concepção. A perspectiva comparativa leva, por um lado, a iniciar o retraçado da história genética do Rei Priam e, por outro, a levantar questões sobre a articulação entre as noções acima mencionadas, espaço e tempo. Este método permitirá identificar soluções cénicas que, embora distintas do seu tempo, conservam no entanto características de reescritos anteriores, contribuindo assim para lançar luz sobre o significado dos conceitos estudados. O estudo conclui levantando a seguinte questão: "Em que termos podem as noções "pretexto de arquivo" e "trabalho em movimento" ser entendidas no contexto de uma ópera itinerante como a última cenografia do Rei Priam?
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