Towards the Rooting of Utopia in the Imagination of Politics
DOI:
https://doi.org/10.51427/cet.sdc.2025.3.4.7Palavras-chave:
Visões da Utopia, Resistência, Teatro Político, Imaginação Artística, Fim dos TemposResumo
Os tempos que vivemos hoje, poder-se-ia afirmar, são definidos por uma noção crescente de finitude. A pandemia de covid-19 e a eclosão da guerra na Ucrânia acentuaram um sentimento já perene de crise permanente. A célebre citação atribuída a Fredric Jameson parece ter sofrido uma reviravolta semântica: "é mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo" já não é um slogan da retórica anti-capitalista; é apenas um truísmo contundente. De facto, hoje é muito fácil imaginar o fim do mundo. A gravidade e a monumentalidade dos problemas que afligem o mundo de hoje suscitam uma questão central para os artistas: face a uma catástrofe iminente, para que servem as artes performativas no fim dos tempos?
A ficção utópica (ou distópica) sempre lidou com a visão de um futuro ancorado em cenários baseados em premissas "What-if" ou "If-Only" (Thaler, 2022). Neste artigo, pretendo combinar uma reflexão especulativa baseada em estudos utópicos e no teatro político. Considerei, pois, as artes performativas como uma tentativa válida em desafiar o fim dos tempos e de lutar pelo enraizamento da utopia (artística) no imaginário da política, confiando que a arte e o teatro poderão ajudar-nos a inventar cenários que hoje parecem impossíveis ou que ainda não conseguimos conceber.
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