A Tecnologia num Cenário de Aprendizagem de Articulação entre Física e Matemática

Um Estudo na Formação Inicial de Professores

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25749/sis.15805

Palavras-chave:

tecnologia, cenário de aprendizagem, formação inicial de professores

Resumo

Este estudo decorre de uma experiência de formação com futuros professores (FPs) de física e de matemática, assente numa perspetiva STEM, num cenário de aprendizagem com tecnologia. A investigação foca-se no Pedagogical Content Knowledge (PCK) dos FPs relativo à promoção da articulação das duas áreas, procurando perceber-se como integram a tecnologia na planificação de aulas do 8.º ano e os desafios e dificuldades que emergem nesse contexto. A análise dos dados, recolhidos através dos planos de aula e reflexões escritas dos FPs, incidiu sobre os modos como perspetivam e refletem sobre o uso da tecnologia nas três dimensões do modelo de articulação adotado. Evidencia-se que os FPs integram a tecnologia para sustentar os processos de inquiry e argumentação na presença das duas áreas disciplinares. Contudo, o uso da tecnologia para promover síntese de conhecimentos constituiu um ponto crítico, sendo um dos aspetos do PCK a merecer maior atenção na formação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografias Autor

Hélia Oliveira, UIDEF, Instituto de Educação, Universidade de Lisboa

Possui doutoramento em Educação, na especialidade Didática da Matemática, pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. É Professora Auxiliar no Instituto de Educação, da Universidade de Lisboa. Tem participado em diversos projetos de investigação nacionais e internacionais, particularmente na área da formação inicial e contínua de professores de Matemática, entre os quais o P3M, DSL e TEL-FTeLab, financiados pela FCT, e Recursos Multimídia, financiado pelo CNPq, do Brasil, com foco no desenvolvimento de recursos multimédia para a formação, conhecimento e identidade profissional do professor, ensino exploratório e STEM. É diretora da revista Quadrante - Revista de Investigação em Educação Matemática.

Ana Henriques, UIDEF, Instituto de Educação, Universidade de Lisboa

Doutora em Educação Matemática, especialidade de Didática da Matemática, pela Universidade de Lisboa e Professora Auxiliar no Instituto de Educação da mesma Universidade. A sua investigação, realizada no âmbito de projetos de investigação na área da Formação de Professores em que tem participado, como o Tel_FteLab, o Educate e o Reason, tem incidido no raciocínio matemático, no ensino e aprendizagem da matemática com tecnologia, no conhecimento e desenvolvimento profissional dos professores, particularmente em estatística, e mais recentemente na educação STEM. Colabora com a comunidade de investigação em educação matemática, sendo autora de extensa bibliografia editada em Portugal e internacionalmente.

Mónica Baptista, UIDEF, Instituto de Educação, Universidade de Lisboa

Doutora em Educação na área de especialidade de Didática das Ciências pela Universidade de Lisboa. É Professora Auxiliar e subdiretora  do Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. Coordena o Mestrado em Educação, área de especialidade Didática das Ciências, e o Mestrado em Ensino de Física e Química. Integrou a equipa Portuguesa de projetos europeus e de vários projetos nacionais financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Atualmente coordena o projeto GoSTEM, financiado pela FCT. Desenvolve investigação em STEM, tarefas de investigação no ensino da Física e da Química, aprendizagem das ciências em diversos contextos, estudos de aula e desenvolvimento profissional dos professores. 

Referências

An, S. A. (2017). Preservice teachers’ knowledge of interdisciplinary pedagogy: the case of elementary mathematics–science integrated lessons. ZDM: The International Journal on Mathematics Education, 49(2), 237-248.

Ball, D., Thames, M., & Phelps, G. (2008). Content knowledge for teaching. What makes it special? Journal of Teacher Education, 59(5), 389-407.

Brown, R. E., & Bogiages, C. A. (2017). Professional development through STEM integration: how early career math and science teachers respond to experiencing integrated STEM tasks. International Journal of Science and Mathematics Education, 1-18. doi: 10.1007/s10763-017-9863-x

Carlson, l., Humphrey, G., & Reinhardt, K. (2003). Weaving science inquiry and continuous assessment. Thousand Oaks, CA: Corwin Press.

Clark, R. (2009). Accelerating expertise with scenario based learning. Training+Development, January, 84-85.

Crippen, K. J., & Antonenko, P. D. (2018). Designing for collaborative problem solving in STEM cyberlearning. In J. D. Yehudit, Z. R. Mevarech & D. R. Baker (Eds.), Cognition, metacognition, and culture in STEM education, innovation in science education and technology (pp. 89-116). Weston, MA: Springer.

DeCoito, I., & Richardson, T. (2018). Teachers and technology: Present practice and future directions. Contemporary Issues in Technology and Teacher Education, 18(2), 362-378.

English, L. D. (2016). STEM education K-12: perspectives on integration. International Journal of STEM Education, 3(3). doi: 10.1186/s40594-016-0036-1

Erickson, F. (1986). Qualitative methods in research on teaching. In M. C. Wittrock (Ed.), Handbook of research on teaching (pp. 119-161). New York, NY: Macmillan.

Grossman, P. (1995). The making of a teacher: Teacher knowledge and teacher education. New York, NY: Teachers College Press.

Gutherie, J. T., Wigfield, A., & VonSecker, C. (2000). Effects of integrated instruction on motivation and strategy use in reading. Journal of Educational Psychology, 92, 331-341. doi: 10.1037/0022-0663.92.2.331

Hallman-Thrasher, A., Connor, J., & Sturgill, D. (2017). Strong discipline knowledge cuts both ways for novice mathematics and science teachers. International Journal of Science and Mathematics Education. doi: 10.1007/s10763-017-9871-x

Hurley, M. (2001). Reviewing integrated science and mathematics: The search for evidence and definitions from new perspectives. Science and Mathematics, 101, 259-268. doi: 10.1111/j.1949-8594.2001.tb18028.x

Kim, D., & Bolger, M. (2017). Analysis of Korean elementary pre-service teachers’ changing attitudes about integrated STEAM pedagogy through developing lesson plans. International Journal of Science and Mathematics Education, 15(4), 587-605.

Knezek, G., Christensen, R., Tyler-Wood, T., & Periathiruvadi, S. (2013). Impact of environmental power monitoring activities on middle school student perceptions of STEM. Science Education International, 24(1), 98-123.

Koirala, H. P., & Bowman, J. K. (2003). Preparing middle level preservice teachers to integrate mathematics and science: problems and possibilities. School Science and Mathematics, 103(3), 145-154.

Konold, C., & Miller, C. D. (2005). TinkerPlots: Dynamic Data Exploration. Emeryville, CA: Key Curriculum Press.

Kuo-Hung, T., Chi-Cheng, C., Shi-Jer, L., & Wen-Ping, C. (2011). Attitudes towards science, technology, engineering and mathematics (STEM) in a project-based learning (PjBL) environment. International Journal of Technology and Design Education, 23, 87-102. doi: 10.1007/s10798-011-9160-x

Lederman, N. G. (2006). Syntax of nature of science within inquiry and science instruction. In L. B. Flick & N. G. Lederman (Eds.), Scientific inquiry and nature of science (pp. 301-317). Dordrecht: Springer.

Leung, A. (2017). Exploring techno-pedagogic task design in the mathematics classroom. In A. Leung & A. Baccaglini-Frank (Eds.), Digital technologies in designing mathematics education tasks: potential and pitfalls (pp. 3-16). Cham: Springer.

Mishra, P., & Koehler, M. J. (2006). Technological pedagogical content knowledge: A framework for integrating technology in teachers’ knowledge. Teachers College Record, 108(6), 1017-1054.

Moore, T. J., Tank, C. M., Glancy, A. W., & Kersten, J. A. (2015). NGSS and the landscape of engineering in K-12 state science standards. Journal of Research in Science Teaching, 52(3), 296-318. doi: 10.1002/tea.21199

Ní Ríordáin, M., Johnston, J., & Walshe, G. (2016). Making mathematics and science integration happen: key aspects of practice. International Journal of Mathematical Education in Science and Technology, 47(2), 233-255.

Nilsson, P., & Loughran, J. (2012). Exploring the development of pre-service science elementary teachers’ pedagogical content knowledge. Journal of Science Teacher Education, 23(7), 699-721.

NRC (2000). Inquiry and the national science education standards. Washington, DC: National Academy.

Ponte, J. P., & Oliveira, H. (2002). Remar contra a maré: A construção do conhecimento e da identidade profissional na formação inicial. Revista de Educação, 11(2), 145-163.

Prescott, A., Bausch, I., & Bruder, R. (2013). A method for analysing pre-service teachers’ pedagogical content knowledge. Teaching and Teacher Education, 35, 43-50.

Rahm, J., & Moore, J. (2015). A case study of long-term engagement and identity-in-practice: Insights into the STEM pathways of four under represented youths. Journal of Research in Science Teaching, 53(5), 768-801.

Shulman, L. S. (1987). Knowledge and teaching: Foundations of the new reform. Harvard Educational Review, 57(1), 1-22.

Treacy, P., & O’Donoghue, J. (2014). Authentic Integration: a model for integrating mathematics and science in the classroom. International Journal of Mathematical Education in Science and Technology, 45(5), 703-718.

Wang, H., Moore, T. J., Roehrig, G. H., & Park, M. S. (2011). STEM integration: Teacher perceptions and practice. Journal of Pre-College Engineering Education Research, 1(2), 1-13.

Zemelman, S., Daniels, H., & Hyde, A. A. (2005). Best practice: today’s standards for teaching and learning in America’s schools (3rd ed.). Portsmouth, N.H.: Heinemann. C-CED/0588/2014).

Downloads

Publicado

2019-02-28