Decolonialidade do Ser, do Poder e do Saber na Perspectiva da Produção do Conhecimento Científico
DOI:
https://doi.org/10.25749/sis.37648Palavras-chave:
decolonialidade, epistemologia, conhecimento científico, violência epistêmica, intelectuais negrosResumo
Este artigo tem como objetivo analisar de que maneira a teoria decolonial, a partir das perspectivas do ser, do poder e do saber, pode atuar como um elemento de tensionamento e resistência, contrapondo-se às estruturas homogeneizadoras da produção do conhecimento científico, ao mesmo tempo em que favorece o reconhecimento e a valorização de múltiplas epistemologias. Adota-se uma abordagem qualitativa e um método exploratório, fundamentados em uma combinação de pesquisa bibliográfica, dados empíricos e análise crítica, com o propósito de aprofundar a compreensão do tema e identificar padrões e nuances relevantes dentro de seu contexto. O estudo destacou que a teoria decolonial propõe uma abordagem horizontal, na qual diferentes formas de conhecimento coexistem e se enriquecem mutuamente, reconhecendo e promovendo saberes e modos de existência historicamente marginalizados. Além disso, questiona os conceitos de universalidade e neutralidade, frequentemente empregados como instrumentos de violência epistêmica.
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