Acesso e tempo são os principais determinantes de escolhas de estilo de vida saudável, numa amostra de adultos Portugueses
Ciências Naturais e do Ambiente
DOI:
https://doi.org/10.25746/ruiips.v10.i1.28808Palavras-chave:
Atividade física, Dieta Mediterrânica, Alteração de comportamentosResumo
A Dieta mediterrânea (DM), a atividade física regular (AF), não fumar e repouso adequado são hábitos de vida saudáveis que reduzem o risco de doenças não transmissíveis. Apesar das campanhas e políticas de saúde implementadas pelo governo português, o tabagismo e o excesso de peso, derivados de uma combinação de sedentarismo e padrões alimentares não saudáveis, têm vindo a aumentar na população adulta portuguesa. O presente estudo teve como objetivo avaliar a predisposição para mudanças de hábitos conducentes a um estilo de vida mais saudável numa amostra de conveniência de 206 adultos portugueses e identificar fatores externos que possam ajudar a ultrapassar barreiras psicológicas e estimular essas mudanças. A maioria dos participantes estava predisposta a melhorar o seu bem-estar e o da comunidade através da implementação de hábitos de vida mais saudáveis (83,0%). Uma alta percentagem de participantes relatou que gostaria de melhorar os hábitos alimentares de MD (81,6%), seguido de AF regular (65,0%), dormir 7 a 8 horas por noite (47%) e parar de fumar (22,3%). Em comparação com as mulheres, uma proporção maior de homens relatou que deveria aumentar o consumo de frutas (62,5% homens, 42,1% mulheres, p=0,02) e cereais integrais (30% homens, 13,5% mulheres, p=0,017), bem como reduzir a carne vermelha (42,5% homens, 23,8% mulheres, p=0,02), reduzir a manteiga e aumentar o consumo de azeite (32,5% homens, 15,9% mulheres, p=0,022). O maior acesso a alimentos mais saudáveis e de produtores locais foi relatado pela maioria dos participantes (48,5%) como o principal fator externo que facilitaria a adoção de escolhas alimentares mais saudáveis. Mais tempo foi o principal fator relatado para adotar AF regular (62,6%).
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