Geografia cultural e humanidades digitais.
Um diálogo em construção a partir da Ibero-América
DOI:
https://doi.org/10.18055/Finis25676Resumo
Desde a sua origem, a geografia e as humanidades dialogam entre si com o propósito de compreender as complexas relações entre o ser humano e o ambiente. As reflexões espaciais formuladas a partir da geografia cultural que atingiram a história, a arte, a arqueologia e a literatura, desde a segunda metade do século XX até aos dias atuais, foram potencializadas nas últimas duas décadas com o surgimento de campos interdisciplinares conhecidos como geohumanidades e humanidades espaciais. Esses neologismos são, por vezes, usados como sinónimo e é possível identificar alguma disparidade nas suas respetivas definições quando enunciados a partir da geografia ou das humanidades. Um dos aspetos que tende a variar é a sua relação com as tecnologias geoespaciais e a sua conceção a partir das humanidades digitais, campo criado a partir da interação entre as humanidades e as ciências computacionais. Este artigo explica as pontes entre a geografia cultural e as humanidades digitais com o objetivo de refletir e responder às seguintes questões: Quais são as semelhanças e tensões entre esses neologismos interdisciplinares? Que diferença há quando estes são enunciados a partir do campo da geografia ou das humanidades digitais? Como tem sido o diálogo com e a partir da geografia cultural que explica as diferentes noções destes conceitos? Como é que estes campos são entendidos e praticados no contexto dos países ibero-americanos? Esta análise aponta a necessidade de promover e fortalecer o diálogo entre geógrafos culturais e humanistas digitais, o que pode orientar a criação e o fortalecimento de novas linhas de investigação.
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