Dunas continentais do Brasil como geocronômetros das variações paleoclimáticas

uma revisão do estado da arte do conhecimento

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18055/Finis28868

Resumo

Dunas continentais são feições de importância primordial para o estudo
das oscilações climáticas ocorridas ao longo do Quaternário. No Brasil, esses depósitos aparecem
em distintos contextos espaciais e refletem as suas condições paleoambientais e
paleoclimáticas formadoras. O presente trabalho propõe apresentar uma síntese da literatura
acerca do tema no transcurso dos últimos 30 anos, integrando as informações geocronológicas
e ambientais a respeito das dunas continentais existentes no território brasileiro.
Os dados analisados de datações por LOE e TL apontam para a possível ocorrência de deposições
eólicas desde o Pleistoceno Médio (253,8±19ka) até o presente (0,165±0,025ka), com
alternância entre momentos de menor e maior atividade. Dunas parabólicas, lençóis de
areia e bacias de deflação (blowouts) são predominantes nas áreas estudadas. Mecanismos
cíclicos e anômalos, como o Paleo-ENOS, parecem ter sido responsáveis pela instalação de
fases mais secas que levaram à maior oferta de sedimentos e à consequente formação dos
depósitos dunares. A boa resolução dos dados cronológicos sugere ainda que as dunas funcionam
como importantes geoarquivos para o estudo de mudanças ambientais com intervalos
de médio a curto prazo de recorrência.

Palavras-chave: Geomorfológica climática; paleoclimatologia; dunas interiores.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2023-08-16

Como Citar

da Silva, M., & Corrêa, A. C. de B. (2023). Dunas continentais do Brasil como geocronômetros das variações paleoclimáticas: uma revisão do estado da arte do conhecimento. Finisterra, 58(123), 149–169. https://doi.org/10.18055/Finis28868

Edição

Secção

Síntese bibliográfica