Ficar ou partir
Perspetivas de residência após a reforma de residentes em meio urbano ou rural em territórios do interior de Portugal
DOI:
https://doi.org/10.18055/Finis31371Resumo
O local de residência é condicionado por múltiplos fatores, nomeadamente
a proximidade do local de trabalho que tem uma importância considerável. O
momento da reforma pode ser uma oportunidade para a mudança desse local, particularmente
se os contextos dessa residência forem percebidos como menos favoráveis ao envelhecimento.
Partindo da questão “Depois da reforma, pensa continuar a viver na mesma
localidade?”, este artigo tem como objetivo identificar a intenção dos adultos entre os 55 e
64 anos (n=161) residentes em contextos urbanos e rurais no interior de Portugal em manter-
se ou mudar de residência. Os resultados revelam diferenças significativas, com os residentes
em meio rural, com maior incidência entre os que ainda trabalham, a manifestar
maior vontade de mudar de localidade e os residentes em meio urbano a querer manter a
localidade de residência. A menor disponibilidade de serviços e maior dificuldade no acesso,
particularmente na área da saúde, parecem explicar a diferente tendência de residência
futura dos residentes em meio rural. Também a autoavaliação do estado de saúde nos últimos
cinco anos é mais negativa entre os que residem em meio rural e os que manifestam
intenção de mudar de localidade. Conclui-se que se a existência de trabalho contribui para
a fixação das pessoas em meio rural já as condições de saúde e a maior dificuldade no acesso
aos serviços de saúde são fatores para o despovoamento dos meios rurais.
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