ESTIMATIVA DA EVAPOTRANSPIRAÇÃO DE REFERÊNCIA PELOS MÉTODOS DE HARGREAVES-SAMANI E PENMAN-MONTEITH EM AMBIENTE MEDITERRÂNEO (PORTUGAL)
DOI:
https://doi.org/10.18055/Finis33850Resumo
Estimar com precisão a evapotranspiração de referência (ETo) é fundamental para avaliar as necessidades hídricas das culturas, apoiar programas de irrigação, estudos de alterações climáticas e muitas aplicações de análise e mapeamento. Sempre que faltam dados para o cálculo da ETo pelo método de Penman-Monteith (PM), a FAO-UNESCO aconselha a utilização do método de Hargreaves-Samani (HS). Estes dois métodos foram avaliados para a estimativa da ETo em 20 localidades distribuídas pelo território português. Para o efeito foram usados dados mensais normais (1971-2000) e os dados mensais e diários de dois anos (2019 e 2020). As estimativas mensais e diárias de ETo obtidas pelo método HS foram muito boas preditoras das obtidas pelo método de referência (método PM), mesmo quando as regressões lineares foram forçadas a passar pela origem. Ainda assim, as correlações foram sempre melhores com os dados mensais (R2≥0,97) do que com os dados diários (R20,90). Estes resultados tornam a equação HS fácil de calibrar, independentemente da base de tempo utilizada. Os valores corrigidos do coeficiente de ajustamento (Krs) dependem mais dos valores médios anuais da velocidade do vento speed (𝑉𝑎̅) ou da amplitude térmica (𝑇𝐴𝑎̅̅̅̅̅) que da altitude. Foram também obtidas boas correlações (R2 0.80) quando os valores de Krs foram correlacionados com pares de 𝑇𝐴𝑎̅̅̅̅̅ e 𝑉𝑎̅, permitindo a calibração da equação HS em função destas variáveis (regressão múltipla). Esta abordagem pode ser útil na calibração local da equação de HS sempre que se substitui o método PM.
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