RELAÇÕES ENTRE ACCENTRALIDADE URBANA E OS PREÇOS DOS APARTAMENTOS EM PORTO ALEGRE, BRASIL

Autores

  • Ramon Aguilar Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS
  • Clarice Maraschin Departamento de Urbanismo, Faculdade de Arquitetura, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.18055/Finis34731

Resumo

Localizações com alta centralidade estão associadas a vantagens locacionais, tornando-as mais desejáveis e caras. Não há ainda consenso sobre como a centralidade afeta os preços imobiliários para diferentes mercados e grupos de rendimento. No Brasil, este tema é relativamente inexplorado. Este artigo baseia-se em redes espaciais, indo além das descrições simples de centralidade, como distância ao Central Business District (CBD). O objetivo é analisar como os preços de apartamentos se relacionam com dois atributos de localização: acessibilidade (distância relativa) e centralidade (importância relativa). Foram aplicados modelos de redes ponderadas a duas escalas: cidade e bairro. O banco de dados inclui uma amostra de 400 ofertas de venda de apartamentos usados em 2022 e 2023 em Porto Alegre, analisadas coletivamente e segmentadas por classe de preço. Foram calculados indicadores configuracionais usando o plugin Graph Analysis Urban Networks (GAUS). Tanto as medidas configuracionais quanto os preços foram normalizados pela técnica de Estimação de Densidade de Kernel (KDE) e correlacionados em ambiente SIG. Os resultados indicam que as áreas mais acessíveis de Porto Alegre têm apartamentos com preços unitários mais altos (por metro quadrado). Por outro lado, áreas com maior centralidade têm propriedades mais baratas, provavelmente devido à presença de serviços e transporte. Os apartamentos mais caros tendem a evitar locais com centralidade mais alta, tanto globalmente quanto localmente.

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Publicado

2024-06-18

Como Citar

Aguilar, R., & Maraschin, C. (2024). RELAÇÕES ENTRE ACCENTRALIDADE URBANA E OS PREÇOS DOS APARTAMENTOS EM PORTO ALEGRE, BRASIL. Finisterra, 59(126), e34731. https://doi.org/10.18055/Finis34731

Edição

Secção

Artigos