GENEALOGIA E CIRCULAÇÃO DO CONCEITO DE CIDADES INTELIGENTES NO CHILE:
UM FRACASSO DA POLÍTICA URBANA?
DOI:
https://doi.org/10.18055/Finis36321Resumo
Embora existam estudos que descrevem a circulação do conceito de Cidades Inteligentes (CI) no Chile, faltam pesquisas que investiguem como esse conceito surge no contexto chileno. Com base na abordagem da mobilidade política e no método genealógico de Foucault, este artigo mostra as múltiplas origens do termo. Utilizando métodos mistos (análise da rede social Twitter, etnografia de eventos, análise de conteúdo e entrevistas com informantes-chave), os resultados mostram a agenda nacional de inovação e produtividade como o principal antecedente, Espanha como a principal referência internacional, bem como algumas reapropriações do conceito, como o "Plano Nacional de Territórios Inteligentes". Esses resultados complementam e acrescentam novos elementos às análises da circulação do conceito, dando conta não apenas das relações de poder por trás do desdobramento e instalação do conceito de Cidades Inteligentes no Chile, mas também de que o termo surge da esfera económica e de inovação e não da esfera urbana. Enquanto no Norte Global o conceito de Cidades Inteligentes aparece como uma narrativa que parece permear as políticas urbanas, e é até chamado de "nova política urbana" ou "Política de Cidade Inteligente", no Chile não representa um novo tipo de urbanismo ou um novo "modelo" de desenvolvimento urbano, mas sim uma narrativa urbana para o desenvolvimento de indústrias tecnológicas na cidade.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Direitos de Autor (c) 2025 Finisterra

Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.
1. As opiniões expressas nos textos submetidos à Finisterra são da responsabilidade dos/as autores/as.
2. Os/As autores/as conservam os direitos de autor/a e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Os/As autores/as comprometem-se a seguir as “Normas para submissão de manuscritos”, na plataforma RCAAP.
4. Sempre que o texto precisar de sofrer alterações, por sugestão dos/as Revisores/as Científicos/as e/ou da Comissão Executiva, os/as autores/as comprometem-se a aceitar essas sugestões e a introduzi-las nas condições solicitadas. Sempre que houver alterações de que os/as autores/as discordem, devem ser apresentadas as respectivas justificações, caso a caso.
5. A reprodução de material sujeito a direitos de autor/a foi antecipadamente autorizada.
6. Os textos são originais, não publicados nem submetidos a outras revistas.