Mapa de alta resolução da vegetação dos vales e planaltos superiores da Serra da Estrela (Portugal)
DOI:
https://doi.org/10.18055/Finis38919Resumo
Os ecossistemas montanhosos, como o da Serra da Estrela, no sudoeste do Maciço Ibérico Central, caracterizam-se por uma elevada diversidade ecológica moldada por fatores climáticos, geológicos e antrópicos. A vegetação desta região foi classificada em andares altitudinais distintas, sendo que o planalto superior (acima dos 1600 m) abriga comunidades singulares de matos e prados de altitude, de relevante interesse científico. Este estudo teve como objetivo mapear e analisar a distribuição espacial e a dinâmica temporal da vegetação nos vales e planaltos superiores da Serra da Estrela. Foi utilizada uma imagem de satélite WorldView-2 de alta resolução, referente ao ano de 2020, para produzir uma classificação detalhada da vegetação atual, identificando onze classes distintas. Para avaliar as alterações na vegetação ao longo do tempo, foi realizada uma análise comparativa com base num ortofotomapa de 1995. Os resultados revelam um acentuado zonamento altitudinal e agrupamentos espaciais das classes de vegetação, com os matos a representarem o tipo dominante (32,6%). A comparação com os dados de 1995 destaca uma expansão das áreas vegetadas, especialmente com matos a invadirem zonas anteriormente ocupadas por prados. Estes resultados demonstram a importância da deteção remota de alta resolução para a monitorização de alterações ecológicas em ambientes montanhosos sensíveis, oferecendo uma base essencial para estratégias de conservação e gestão territorial em áreas protegidas sob pressão das alterações no uso do solo.
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