Compreender as barreiras à participação dos enfermeiros na investigação: uma exploração de fatores constrangedores na Lituânia
DOI:
https://doi.org/10.29352/mill0227.38242Palavras-chave:
investigação em enfermagem; barreiras; barreiras institucionais; identidade profissionalResumo
Introdução: Os enfermeiros enfrentam barreiras e desafios na participação em investigação científica, com enfoque no fosso entre a investigação e a prática clínica. Embora a investigação em enfermagem seja essencial para melhorar os cuidados aos doentes e reforçar a prática baseada na evidência (EBP), o envolvimento dos enfermeiros na investigação na Lituânia continua a ser limitado.
Objetivo: O estudo pretende explorar as experiências dos enfermeiros em atividades de investigação, identificar os principais obstáculos à sua participação e analisar os fatores que limitam a integração da investigação científica na prática clínica.
Métodos: Foi realizado um estudo qualitativo através de entrevistas semiestruturadas com 22 enfermeiros de vários setores da saúde. Os dados foram analisados tematicamente, identificando os principais temas relacionados com a identidade profissional, os desafios institucionais e as limitações estruturais na investigação em enfermagem.
Resultados: Os resultados revelam que os enfermeiros enfrentam múltiplos obstáculos, incluindo falta de tempo, carga de trabalho excessiva, competências limitadas em investigação, apoio institucional insuficiente e a posição dominante dos médicos e administradores na investigação académica. Além disso, a fraca cultura de investigação e o baixo prestígio profissional dificultam ainda mais a sua participação.
Conclusão: A participação dos enfermeiros na investigação é limitada por barreiras sistémicas, incluindo políticas pouco claras, apoio institucional insuficiente e financiamento limitado. Restrições hierárquicas marginalizam a investigação em enfermagem, com os médicos a dominarem a academia, enquanto os enfermeiros carecem de papéis de liderança. A fraca integração da identidade profissional, a falta de competências e o baixo incentivo institucional reduzem ainda mais o envolvimento dos enfermeiros na investigação.
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