Formar melhor para um melhor cuidar
Abstract
A formação surge como uma ajuda ao desenvolvimento humano, adoptando uma posição abrangente que inclui o aluno e o próprio professor (Kohlberg e Mayer, 1972), em que o resultado obtido é menos importante do que a disponibilidade gerada durante o percurso, para que o aluno possa continuar a evoluir ao longo da vida. Esta perspectiva desenvolvimentalista, antecipava já, a tendência actual que defende que a educação deve constituir para cada indivíduo uma forma de promover o máximo desenvolvimento das suas potencialidades, através de experiências de aprendizagem de complexidade crescente. A formação não é apenas uma instância de mediação das relações formador/formando ou equipa de formadores/grupo de formandos, mas uma instância de auto-mediação do formando com o seu mundo subjectivo, mediador do grupo de formação com as suas subjectividades, mediador do grupo com um projecto de acção através do qual ele se exterioriza (Correia, 1997: 25).
A qualidade do desenvolvimento e das aprendizagens do ser humano e de toda a acção pedagógica e educativa passa de uma maneira determinante pela qualidade das relações pessoais e interpessoais estabelecidas no processo de ensino/aprendizagem (Tavares, 1996). O mesmo autor (p: 83) refere que o “educador antes de mais tem de ser uma pessoa que se dirige a outra pessoa e a ajuda a dar à luz - mais e melhor que a parteira – a sua própria identidade pessoal, como ser inteligente e livre, autor e actor do seu próprio destino de uma maneira autónoma e responsável”.
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