As Comunidades Tradicionais e o Programa Zona Franca Verde (PZFV): Cenários no sudoeste do Amazonas – Brasil
Palabras clave:
populações tradicionais, Zona Franca Verde, sudoeste do AmazonasResumen
O artigo que ora apresentamos é uma síntese da pesquisa de mestrado sobre a implantação das políticas de desenvolvimento sustentável do Programa Zona Franca Verde, no sudoeste do estado do Amazonas - Brasil1. A Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais é entendida como o direito sobre os territórios tradicionais, podendo ter ligações com povos tradicionais, mesmo que não haja uma ocupação permanente do espaço. O lugar é entendido como lugar da reprodução cultural. Nas comunidades tradicionais do sudoeste do Amazonas os usos dos recursos naturais estão ligados a este elo com o ambiente. Porém, hoje, o que se observa é que as diversas lutas em torno da apropriação de espaços (terra) têm-se pautado por questões distintas, mas intimamente interligadas: ambientalização (RIBEIRO, 1992) e etnização da natureza (LEFF, 2006), (ALMEIDA, 2008). Na verdade, estes dois modos de “pensar” a luta pela terra têm moldado a questão agrária da Amazônia. A metodologia desta pesquisa no que tange à coleta de informações se valeu de duas abordagens de entrevistas: a entrevista direta e as entrevistas coletivas com associações de produtores rurais, sindicatos de trabalhadores rurais e colônias de pescadores. Fez-se isso para dialeticamente compreender os discursos dos sujeitos coletivos ligados à produção nas comunidades estudadas em Guajará-AM. Neste artigo apresentamos algumas implicações do Programa Zona Franca Verde sobre a vida e a organização social das populações tradicionais no município de Guajará-AM.
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