Abordagem e Seguimento da Demência nos Cuidados de Saúde Primários
DOI:
https://doi.org/10.29352/mill0203.04.00114Palavras-chave:
Demência, médico de família, cuidadorResumo
Introdução: A prevalência das demências tem vindo a aumentar nos últimos anos, em paralelo com o envelhecimento da população, sendo atualmente uma patologia frequente ao nível dos cuidados de saúde primários.
Objetivo: Rever o papel do médico de família no diagnóstico e seguimento dos doentes com demência.
Métodos: Revisão teórica mediante a pesquisa de normas de orientação clínica, revisões sistemáticas e artigos originais na PubMed, Clinical Key, UpToDate, Index de Revistas Portuguesas, nas línguas inglesa e portuguesa, de janeiro de 2006 a setembro de 2016 utilizando os termos MeSH: “Dementia”, “Primary Health Care”, “Primary Care Nursing” e “Physician Primary Care”.
Resultados: Perante a suspeita de quadro demencial é importante efetuar uma história clínica pormenorizada ao doente com a colaboração dos familiares e/ou cuidadores com enfoque nos sintomas cognitivos, comportamentais e alterações nas atividades da vida diária. De seguida, deve proceder-se ao exame objetivo e à aplicação de testes de avaliação cognitiva, psicoafetiva e funcional reservando-se, por último, uma avaliação analítica e imagiológica. De igual relevância é o papel do médico de família no tratamento/orientação posterior do doente e apoio aos familiares e cuidadores na gestão dos cuidados.
Conclusões: O médico de família encontra-se numa posição privilegiada para uma deteção precoce da demência. O diagnóstico é essencialmente clínico e nem sempre é fácil numa fase inicial. O papel dos médicos e outros profissionais dos Cuidados de Saúde Primários não deve limitar-se à avaliação inicial, mas deve estender-se ao seguimento e orientação posterior do doente e respetivos familiares.
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