Perceção do empowerment dos enfermeiros numa organização de saúde

Autores

  • Nuno Neves
  • Olivério Ribeiro

DOI:

https://doi.org/10.29352/mill0201.14.00093

Palavras-chave:

Empowerment, perceção dos enfermeiros, organizações de saúde

Resumo

Introdução: O conceito de Empowerment na Enfermagem tem sido utilizado e analisado na literatura académica, conceito digno de exploração e interesse para os enfermeiros, chefes e gestores das organizações de saúde. A perceção dos Enfermeiros acerca do Empowerment é determinante nos resultados organizacionais, no aumento da autonomia profissional, no ganho do poder individual e coletivo e nos cuidados ao utente.

Objetivos: Avaliar a perceção dos Enfermeiros acerca do Empowerment (Psicológico e Estrutural), identificar os fatores que influenciam essa perceção e analisar e refletir sobre as consequências dessa perceção. Métodos: Estudo quantitativo, numa amostra de 269 enfermeiros predominantemente o sexo feminino (76,6%), faixa etária entre os 21 e os 59 anos, cuja média das idades se situa nos 40,36 anos, 68,8% dos participantes licenciados, em exercício de funções num hospital da região da Beira Alta, Portugal.

Resultados: Nos enfermeiros, a perceção de Empowerment Psicológico está relacionado com a perceção de empowerment Estrutural. Os enfermeiros com mais idade e maior tempo de exercício profissional revelaram maior competência e menor oportunidade. Os enfermeiros com maior tempo no atual serviço, apresentam maior competência, mas menor oportunidade, informação, suporte e globalmente, Empowerment Estrutural. Na categoria profissional há diferenças na informação, recursos e poder informal dos Enfermeiros Especialistas.

Conclusão: Os Enfermeiros revelaram bons níveis de Empowerment Psicológico e baixos níveis de Empowerment Estrutural.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Amendoeira, J. (2004). Enfermagem em Portugal. Contextos, atores e saberes. Enfermagem, 2(35-36), 13-22.

Bartunek, J. M., E Spreitzer, G. M. (2006). The interdisciplinary career of popular construct used in management: Empowerment in the late 20th century. Journal of Management Inquiry, 15(3), 255–273.

Benner, P. (2001). De iniciado a perito: a excelência e poder na prática clínica de enfermagem. Coimbra: Quarteto. ISBN 972-8535-97-X.

Bradbury-Jones, C., Sambrook, S., E Irvine, F. (2008). Power and Empowerment in nursing: A fourth theoretical approach. Journal of Advanced Nursing, 62(2), 258–266

Brown J.C. E Kanter R.M. (1982). Empowerment: key to effective- ness. Hospital Forum, 25, 6–13.

Carvalho, S. R (2004). Os múltiplos sentidos da categoria “Empowerment” no projeto de promoção à saúde. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 20(4), 1088-1095.

Chandler, G. E. (1991). Creating an environment to empower nurses. Nursing Management, 22(8), 20–23.

Cianciarullo, T. (2001). Sistema de assistência de enfermagem: evolução e tendências. (1ª ed.) São Paulo: Ícone. ISBN 85-274-0654-3, p. 304.

Decicco, J.; Laschinger, H.; Kerr, M.l. (2006). Perceptions of empowerment and respect: effect on nurses’ organizational commitment in nursing homes. Journal of Gerontological Nursing, v. 32, n. 5, p. 49-56.

Filipe, N. (2003). Autonomia da profissão: três décadas de crescimento. Nursing. Lisboa: ISSN 0871-6196. nº183 (Dezembro 2003), p.13-15.

Kanter R.M. (1993). Men and Women of the Corporation (2ª ed.) Basic Books, New York.

Knol, J., e Linge, R. v. (2009). Innovative behaviour: The effect of structural and psychological Empowerment on nurses. Journal of Advanced Nursing, 65(2), 359-370.

Kuokkanen L. e Leino-Kilpi H. (2000). Power and Empowerment in nursing: three theoretical approaches. Journal of Advanced Nursing, 31(1), 235–241.

Laschinger H. (2004) Hospital nurses perceptions of respect and organizational justice. Journal of Nursing Administration 34 (7/8), 354–364.

Laschinger, H., e Finegan, J. (2005). Empowering nurses for work engagement and health in hospital settings. The Journal of Nursing Administration, 35(10), 439-49.

Laschinger, U.K., Almost, J., & Tuer-Hodes, D. (2003). Workplace empowerment and magnet hospital characteristics, Journal of Nursing Administration, 33(7-8), p.410-422.

Laschinger, H., Finegan, J., E Shamian, J. (2001). The impact of workplace Empowerment, organizational trust on staff nursesʼwork satisfaction and organizational commitment. Health Care Management Review, 26(3), 7-23.

Laschinger, H., Finegan, J., Shamian, J., E Wilk, P. (2001). Impact of structural and psychological Empowerment on job strain in nursing work settings: expanding Kanterʼs model. The Journal of Nursing Administration, 31(5), 260-72.

Laschinger, H. K. S.; Sabistan, J. e Kutszcher, L. (1997). Empowerment and staff nurse decision involvement in nursing work environments: Testing Kanter’s theory of structural power in organizations. Research in Nursing Health, 20, 341–352.

Laschinger, H. S. (1996). A theoretical approach to studying work Empowerment in nursing: A review of studies testing Kanter’s theory of structural power in organizations. Nursing Administration Quarterly, 20(2), 25-41.

Manojlovich, M. (2007). Power and Empowerment in nursing: Looking backward to inform the future. Online Journal Issues of Nursing, 12(1). Retrieved from http://www.medscape.com/viewarticle/ 553403.

Manriquez, M. R., Ramírez, M. D., e Guerra, J. F. (2004). El Empowerment como predictor del compromiso organizacional en las Pymes. Contaduría y administración, 103-125.

Matthews, S.; Laschinger, H.; Spence, K.; Johnstone, L. (2006). Staff nurse empowerment in line and staff organizational structures for chief nurse executives. Journal of Nursing Administration, v. 36, n. 11, p. 526-533.

Oakley, P.; Clayton, A. (2003). Monitoramento e avaliação do empoderamento (“Empowerment”). São Paulo: Instituto Polis.

Sarmiento, T., Laschinger, H.K.L. e Iwasiw, C. (2004). Nurse educators’ workplace Empowerment, burnout, and job satisfaction: testing Kanter’s theory. Journal of Advanced Nursing, 46, 134–143.

Silva, C. E Martínez, M. L. (2004). Empoderamiento: proceso, nivel y contexto. Psykhe, Santiago/Chile, 13(1).

Sommer, M., Nunes, O., Hipólito, J., Brites, R., Pires, M., E Pires, P. (2010). Empowerment e Percurso Académico: Voltar à escola Depois dos 23 Anos. Actas do VII Simpósio Nacional de Investigação em Psicologia. Minho, 1671-1681.

Spreitzer G. (1995). Psychological Empowerment in the work- place: dimensions, measurement and validation. Academy of Management Journal 38(5), 1442–1462.

Teixeira, A. C. (2012). Emponderamento Profissional em Enfermagem: Tradução, adaptação e validação do “Conditions of Work Effectiveness Questionnaire – II” e do “Psychological Empowerment Instrument”, Dissertação de Mestrado em Ciências de Enfermagem.

Thomas, K. W. e Velthouse, B. A. (1990). “Cognitive Elements of Empowerment: An “Interpretive” Model of Intrinsic Task Motivation”, The Academy of Management Review, 15(4), 666-681.

Vasconcellos, E. M. (2003). O poder que brota da dor e da opressão: Empowerment, sua história, teoria e estratégias. São Paulo: Paulus.

Wagner, J. I., Cummings, G., Smith, D. L., Olson, J., Anderson, L., E Warren, S. (2010). The relationship between structural Empowerment and psychological Empowerment for nurses: A systematic review. Journal of Nursing Management, 18(4), 448-462).

Downloads

Como Citar

Neves, N., & Ribeiro, O. (2016). Perceção do empowerment dos enfermeiros numa organização de saúde. Millenium - Journal of Education, Technologies, and Health, (1), 179–190. https://doi.org/10.29352/mill0201.14.00093

Edição

Secção

Engenharias, tecnologia, gestão e turismo