A intervenção do fisioterapeuta no doente com demência em cuidados paliativos

Autores

  • Fábia Escarigo Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco
  • Andreia Gameiro Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco
  • Paula Sapeta Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Banco

DOI:

https://doi.org/10.29352/mill0202.04.00129

Palavras-chave:

Dementia, Alzheimer's, Physical therapy, Physiotherapist, Palliative care

Resumo

Introdução: Atualmente existe um elevado número de pessoas com diagnóstico de demência. No âmbito dos cuidados Paliativos as intervenções de reabilitação são muitas vezes minoradas. Desta forma è importante o estudo de medidas não farmacológicas com vista a melhorar o estado funcional e qualidade de vida destes doentes. Problemática: Qual a intervenção do fisioterapeuta no doente com demência em cuidados paliativos?

Objetivos: Nesta revisão sistemática da literatura pretendemos identificar quais as intervenções que os fisioterapeutas utilizam com doentes com demência em cuidados paliativos e quais os benefícios dessas técnicas. Métodos: Desenho do Estudo - Revisão Sistemática da Literatura; Foram incluídos 12 estudos com um intervalo temporal de 2003 a 2015, em que são abordadas técnicas que possam ser utilizadas por fisioterapeutas no tratamento ou alívio do sofrimento e na melhoria de qualidade de vida destes doentes. Os artigos científicos foram encontrados em diversas bases de dados online e de texto integral tais como: Biblioteca do conhecimento Online, Pubmed e PEdro.

Resultados: Nesta revisão sistemática da literatura foram encontradas diversas técnicas não farmacológicas que contribuem para o aumento da qualidade de vida dos doentes com demência. Dentro destas técnicas encontradas são referidas o exercício aeróbico, manutenção da força muscular, treino de equilíbrio, o toque, treino cognitivo, intervenções comportamentais, estimulação cognitiva, estimulação elétrica transcutânea, musicoterapia, reminiscência, treino de atividades da vida diária (AVD´s), massagem, terapia de recreação, sala snoezelen, estimulação multissensorial, apoio e psicoterapia, e relaxamento muscular.

Conclusões: Dentro dos programas multidisciplinares analisados nesta revisão o Fisioterapeuta faz todo o sentido, sendo este o profissional que utiliza o maior número de técnicas não farmacológicas abordadas. Estes programas podem ser bastante benéficos para que a diminuição da cognição ocorra de forma mais lenta e consequentemente permita a manutenção das faculdades físicas e o aumento da qualidade de vida do doente e dos seus cuidadores. O exercício é a técnica mais estudada, com resultados positivos na qualidade de vida. Constatamos que existe pouca evidência da intervenção do fisioterapeuta na fase terminal do doente com demência.

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Publicado

2017-02-14

Como Citar

Escarigo, F., Gameiro, A., & Sapeta, P. (2017). A intervenção do fisioterapeuta no doente com demência em cuidados paliativos. Millenium - Journal of Education, Technologies, and Health, 2(2), 45–51. https://doi.org/10.29352/mill0202.04.00129

Edição

Secção

Ciências da vida e da saúde