Estamos preparados para desenvolver ações paliativas numa enfermaria? Revisão da literatura

Autores

  • Lara Cardoso Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia / Espinho, EPE, Centro de Ambulatório - Hospital de Dia de Oncologia, Vila Nova de Gaia, Portugal
  • Diana Salgueiro Centro Hospitalar do Porto, EPE, Hospital Santo António, Departamento de Cirurgia, Cirurgia Geral - Unidade 3, Porto, Portugal
  • Sónia Novais Escola Superior de Enfermagem da Cruz Vermelha Portuguesa de Oliveira de Azeméis, Oliveira de Azeméis, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.29352/mill0203.06.00134

Palavras-chave:

Enfermagem, Cuidados paliativos, Enfermaria de agudos

Resumo

Introdução: A Organização Mundial da Saúde (2015) apresenta como barreira, para melhorar o acesso aos cuidados paliativos, a falta de treino e consciencialização dos profissionais de saúde.

Objetivos: Identificar qual a preparação que os enfermeiros apresentam para a prestação de ações paliativas em contexto hospitalar.

Métodos: Revisão integrativa da literatura, através de pesquisa eletrónica na plataforma B-ON, utilizando a expressão: (nursing) AND (palliative care) AND (acute hospital setting) NOT (child* OR infant* OR adolescent*), obtendo seis artigos de estudos primários.

Resultados: Os estudos obtidos são representativos de um total de 2220 enfermeiros. Os artigos evidenciaram que os enfermeiros dos hospitais de agudos, apesar de serem capazes de cuidar de doentes com necessidades de cuidados paliativos, sentiram que seria importante formação nesta área, de forma a compreender melhor as necessidades destes doentes.

Conclusões: Os enfermeiros consideram que têm competências para prestar cuidados relativos a ações paliativas nas enfermarias de agudos, embora reconhecendo que deveriam ser dotados de mais formação.

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Publicado

2017-05-31

Como Citar

Cardoso, L., Salgueiro, D., & Novais, S. (2017). Estamos preparados para desenvolver ações paliativas numa enfermaria? Revisão da literatura. Millenium - Journal of Education, Technologies, and Health, 2(3), 53–60. https://doi.org/10.29352/mill0203.06.00134

Edição

Secção

Ciências da vida e da saúde