Experiências dos cuidadores sobre a dor na criança

Autores

  • Isabel Silva CHBV, E.P.E. Aveiro, Portugal
  • Ernestina Silva Escola Superior de Enfermagem de Viseu, Portugal
  • Maribel Carvalhais Escola Superior de Enfermagem Cruz Vermelha Portuguesa de Oliveira de Azeméis, Portugal https://orcid.org/0000-0002-2206-2582
  • Daniel Silva Escola Superior de Enfermagem de Viseu, Portugal

Palavras-chave:

Criança, Cuidadores, Dor

Resumo

Introdução: O alívio da dor é uma das maiores preocupações dos cuidadores das crianças (Rossato, Angelo & Silva, 2007). Apesar dos indicadores  comportamentais que os cuidadores identificam, existem ainda algumas dificuldades para a avaliação e adoção de medidas de alívio da dor na criança (Bernardes & Castro, 2010).

Objetivo: Identificar as experiências dos cuidadores face à dor na criança que recorre ao serviço de urgências.

Métodos: Estudo qualitativo, exploratório-descritivo e fenomenológico, numa amostra de 16 cuidadores de crianças com idades entre os 3 e os 10 anos, que recorreram ao Serviço de Urgências Pediátricas de um Centro Hospitalar da Zona Centro de Portugal, entre fevereiro e março de 2016, por situação de dor. Utilizamos a entrevista semiestruturada e efetuamos análise de conteúdo.

Resultados: A dor musculosquelética e a relacionada com otorrinolaringologia são apontadas como motivo de ida à urgência por 44.1% dos pais. As queixas álgicas e as alterações de movimentos e posturas corporais são os significados de dor que os pais mais referem (31.5%). As medidas farmacológicas foram referidas em 69.3%, sendo a combinação destas e das medidas não farmacológicas referidas por 25.2%. Apuramos que 50% dos cuidadores não têm informação suficiente para administrar medicação à criança com dor.

Conclusões: Com o estudo ficamos a compreender as experiências dos pais no cuidar da criança com dor. É necessário melhorar a capacitação dos pais nos processos de transição à doença e aumentar o nível de literacia sobre a dor, dando maior ênfase ao papel do enfermeiro nestas áreas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Batalha, L. (2010). Intervenções não farmacológicas no controlo da dor em cuidados intensivos neonatais. Revista Referência,

(2), 73-80.

Batalha, L. M. C. (2013). Avaliação e controlo da dor em pediatria: Uma década. Saúde & Tecnologia, Supl., e16-e21. Acedido em

http://www.estesl.ipl.pt/sites/default/files/ficheiros/pdf/art_03_estesl_suplemento_2013.pdf

Beckhauser, G., Souza, J., Valgas, C., Piovezan, A. & Galato, D. (2010). Utilização de medicamentos na pediatria: A prática de

automedicação em crianças por seus responsáveis. Revista Paulista de Pediatria, 28(3), 262-268.

Bernardes, B., & Castro, E. (2010). Dor abdominal recorrente na criança como sintoma da família. Psicologia: Teoria e Pesquisa,

(2), 217-226.

Conselho Internacional de Enfermeiros (2011). Classificação internacional para a prática de enfermagem: versão 2.0. Lisboa:

Ordem dos Enfermeiros.

Dias, T., Oliveira, C., Enumo, S., & Paula, K. (2013). A dor no cotidiano de cuidadores e crianças com anemia falciforme. Psicologia

USP, 24(3), 391-411.

Kanai, K., & Fidelis, Z. (2010). Conhecimento e percepção da equipe de enfermagem em relação à dor na criança internada.

Revista Dor, 11(1), 20-27.

Moreno, E. A. C. (2011). O alívio da dor na criança submetida a punção venosa periférica: Utilização de creme anestésico.

(Dissertação de mestrado, Escola Superior de Saúde de Viseu). Acedido em http://hdl.handle.net/10400.19/1520

Mota, A. M. G. C. (2011). A dor na criança e família (Dissertação de mestrado). Universidade Católica Portuguesa, Lisboa.

Nair, S., & Neil, M. J. E. (2013). Dor pediátrica: Fisiologia, avaliação e farmacologia: Tutorial de anestesia da semana. Acedido em

http://grofsc.net/wp/wp-content/uploads/2013/07/Dor_pedi%C3%A1trica.pdf

Pfaffenbach, G. (2010). Automedicação em crianças: Um problema de saúde pública. Revista Paulista de Pediatria, 28(3), 260-

Queiroz, F., Nascimento, L., Leite, A., Santos, M., Lima, R., & Scochi, C. (2007). Manejo da dor pós-operatória na enfermagem

pediátrica: Em busca de subsídios para aprimorar o cuidado. Revista Brasileira de Enfermagem, 60(1), 87-91.

Rony, R., Fortier, M., Chorney, J., Perret, D., & Kain, Z. (2010) Parental postoperative pain management: Attitudes, assessment,

and management. Pediatrics, 125(6), e1372-e1378. Acedido em http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20498177

Rossato, L. M., Angelo, M., & Silva, C. A. A. (2007). Cuidando para a criança crescer apesar da dor: Experiência da família. Revista

Latino Americana de Enfermagem, 15(4). Acedido em http://www.scielo.br/pdf/rlae/v15n4/pt_v15n4a06.pdf

Silva, F. A. (2012). Avaliação da dor em crianças com paralisia cerebral grave e relação de características clínicas e demográficas

(Trabalho de conclusão de curso, Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Acedido em http://www.lume.ufrgs.br/

handle/10183/55160

Silva, L., Tacla, M., & Rossetto, E. (2010). Manejo da dor pós-operatória na visão dos pais da criança hospitalizada. Escola Anna

Nery Revista de Enfermagem, 14(3), 519-526.

Teixeira, M., Yeng, L., Garcia, O., Fonoff E., Paiva, W., & Araujo J. (2011). Failed back surgery pain syndrome: Therapeutic approach

descriptive study in 56 patients. Revista da Associação Médica Brasileira, 57(3), 282-287. Acedido em http://www.

ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21691691

Downloads

Publicado

2021-05-31

Como Citar

Silva, I., Silva, E., Carvalhais, M., & Silva, D. (2021). Experiências dos cuidadores sobre a dor na criança. Millenium - Journal of Education, Technologies, and Health, (1), 33–39. Obtido de https://revistas.rcaap.pt/millenium/article/view/13833

Edição

Secção

Ciências da vida e da saúde