Mortalidade de vitelos filhos de vacas alentejanas e mertolengas no distrito de Portalegre
DOI:
https://doi.org/10.29352/mill0211.09.00261Palavras-chave:
Vitelos, Mortalidade, Portalegre, Alentejana, MertolengaResumo
Introdução: Para além do seu impacto económico, a mortalidade dos vitelos é um indicador importante do bem-estar animal nas explorações de bovinos de carne.
Objetivos: Avaliar as taxas de mortalidade de vitelos descendentes de vacas de 2 raças autóctones nas explorações do distrito de Portalegre.
Métodos: Os registos de nascimentos e de mortes entre o nascimento e os 180 dias, de vitelos nascidos de vacas das raças Alentejana e Mertolenga nas explorações do distrito de Portalegre entre 1 de janeiro de 2016 e 31 de dezembro de 2018, foram obtidos da base de dados do Sistema Nacional de Informação e Registo Animal (SNIRA). Calcularam-se as taxas de mortalidade e avaliou-se a associação entre o período da mortalidade e a idade das mães.
Resultados: Os vitelos nascidos de vacas de raça Alentejana e Mertolenga representaram 11,6% e 2,9% dos nascimentos no distrito de Portalegre no período considerado, havendo um decréscimo do número de nascimentos ao longo dos 3 anos, mais evidente na raça Alentejana. A taxa de mortalidade média dos vitelos foi de 3,2% para os filhos de vacas de raça Alentejana e de 2,3% para os filhos de vacas de raça Mertolenga. A idade média das vacas foi de 8,68 e 7,37 anos (Alentejanas e Mertolengas, respetivamente). Verificou-se que a mortalidade perinatal ocorreu em vacas mais velhas (p=0,024).
Conclusões: As taxas de mortalidade dos vitelos nascidos das duas raças em estudo são baixas a moderadas, quando comparadas com as publicadas sobre outras raças.
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