Saúde, família e escola

saúde mental de crianças de famílias refugiadas

Autores

  • Elsa Figueiredo Departamento de Saúde Pública da ARSLVT, IP, Lisboa, Portugal
  • Maria do Céu Barbiéri-Figueiredo Escola Superior de Enfermagem do Porto, NursID – CINTESIS, Porto, Portugal
  • Mário Simões LIMMIT, FMUL, Lisboa, Portugal

DOI:

https://doi.org/10.29352/mill0205e.20.00308

Palavras-chave:

saúde mental escolar, refugiados, enfermagem de família

Resumo

Introdução: A saúde mental constitui uma prioridade em saúde pública, envolvendo preocupações com a doença mental dos refugiados, importando conhecer a sua prevalência, determinantes e necessidades em saúde, para intervir evitando a sua perpetuação nas gerações futuras (Frazel, 2002; Solheim, 2016). 

Objetivos: Conhecer a prevalência da doença mental nas crianças de famílias refugiadas. 

Métodos: Revisão clássica da literatura com foco no estado da arte sobre a saúde mental das crianças refugiadas. 

Resultados: Metade das crianças refugiadas apresenta sintomas de doença mental, como o stress pós-traumático, ansiedade, depressão, com prevalência e manifestações variadas, como problemas de ajustamento, cognitivos, de aprendizagem e linguagem, não relatados, tardios, cumulativos à detenção e desfavorecimento educacional, afetando uma em cada dez crianças (Graham, Minhas, Paxton, 2016). 

Novas perspectivas/guidelines: A prevenção primária deverá ocorrer em contexto escolar, espaço de ligação aos pais e comunidade, de integração, inclusão, educação e, promoção do desenvolvimento infantil e emocional, como de construção da autoestima e identidade, de facilitação dos relacionamentos social e interpares e, de monitorização de comportamentos resilientes e adaptativos (Fazel & Stein, 2009; World Health Organization, 2018 a)b)). 

Conclusões: Para assistir de forma integral as crianças refugiadas e suas famílias, dever-se-á fomentar a práxis holística, sistémica e transcultural do enfermeiro de família de modo a satisfazer as suas necessidades e a promover o desenvolvimento infantil e a saúde mental das crianças refugiadas, integrando para o efeito o contexto escolar, centro da rede proximal de apoio. 

Implicações teóricas e práticas: Revisão da literatura, exploratória do estado da arte da saúde mental das crianças refugiadas, identificando lacunas do conhecimento científico, que a investigação aclare em benefício da práxis do enfermeiro de família. 

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Referências

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Publicado

2020-06-23

Como Citar

Figueiredo, E., Barbiéri-Figueiredo, M. do C., & Simões, M. (2020). Saúde, família e escola: saúde mental de crianças de famílias refugiadas. Millenium - Journal of Education, Technologies, and Health, 2(5e), 195–200. https://doi.org/10.29352/mill0205e.20.00308

Edição

Secção

Ciências da vida e da saúde