Controlo da higiene das superfícies
comparabilidade do método atp bioluminescência versus escala visual
DOI:
https://doi.org/10.29352/mill0205e.34.00342Palavras-chave:
superfícies frequentes, método visual, luminómetroResumo
Introdução: As infeções associadas aos cuidados de saúde (IACS) têm sido relacionadas com a presença de microrganismos multirresistentes nas superfícies, sendo necessário monitorizar a sua higienização para garantir a segurança ambiental. A aplicação da escala visual é simplificadora, porém o uso do luminómetro, método de Bioluminescência de Trifosfato de Adenosina, é promissor no controlo da higienização.
Objetivos: Avaliar a eficácia do processo de higienização das superfícies.
Métodos: O estudo observacional prospetivo foi realizado numa unidade crítica, durante cinco dias consecutivos. A técnica de amostragem foi não probabilística por conveniência sendo aplicada a escala visual e o luminómetro, antes e após a higienização das superfícies. O processo de higienização foi realizado pelas mesmas assistentes operacionais, recorrendo ao método de dois passos e produto detergente/desinfetante.
Resultados: A amostra inclui 300 observações (150 antes/150 após) nas áreas touch selecionadas. Das 131 observações, para valor satisfatório, 56 foram mensuradas pelo luminómetro e 75 pela escala visual. Para valores não satisfatórios, 169 observações, 94 foram mensuradas pelo luminómetro e 75 pela escala visual. Após o processo de higienização, das observações com valores não satisfatórios, 31 foram identificadas pelo luminómetro e 18 via escala visual. As diferenças significativas localizaram-se para valores não satisfatórios (< 500 RLU) no luminómetro e para valores satisfatórios ( >500 RLU) na escala visual.
Conclusões: O método ATP apresenta-se como um recurso educacional e de monitorização/ auditoria efetiva na mensuração da qualidade da higienização das superfícies high touch, impondo-se validar a sua contribuição na prevenção das IACS.
Downloads
Referências
Bathke, J., Cunico, P. d., Maziero, E. C., Cauduro, F. L., Sarquis, L. M., & Cruz, E. D. (2013). Infraestruturas e adesão à higienização das mãos: Desafios à segurança do paciente. Rev Gaúcha Enferm, 34(2), 78-85.
Boyce, J. M., Havill, N. L., Dumigan, D. G., Golebiewski, M., Balogun, O., & Rizvani, R. (2009). Monitoring of effectiveness of hospital cleaning practices by use of an adenosine triphosphate bioluminescence assay. Infection control and hospital epidemiology, 30(7), 678-683. DOI: 10.1086/598243
Care, H. (2013). 3M - Manual do usuário. Alemanha: 3M Deutschland GmbH.
Carling, P. C., MD, & Bartley, J. M. (2010). Evaluating hygienic cleaning in health care settings: What you do not know can harm your patients. American Journal of Infection Control, 38(5 Suppl 1), S41-50. DOI: 10.1016/j.ajic.2010.03.004
Dancer, S. (2004). How do we assess hospital cleaning? A proposal for microbiological standards for surface hygiene in hospital. JHI, 56, 10-15.
Dancer, S. (2009). The role of environmental cleaning in the controlo acquised infection. Journal of Hospital Infection, 1-8.
Ferreira, H. (2012). Dissertação para obtenção de grau de mestre em Infeção em Cuidados de Saúde – Utilização do Método ATP bioluminescência na avaliação da eficácia da limpeza e desinfeção de superfícies em cuidados de saúde primários
Giles, S. A. (2012). Acedido em www.infectioncontroltoday.com
Gomes, C.H., Barros, A.A., Andrade, M.C.L., & Almeida, S. (2007). Adesão dos profissionais de saúde à lavagem das mãos em enfermaria de clínica médica e cirúrgica. Rev. Med. Minas Gerais, 5-9.
Guh, A., & Carling, P. (2010). Options for evaluating environmental cleaning. National Center for Emerging and Zoonotic Infectious Diseases.
Oliveira, A. C., & Viana, R. E. (2014). Adenosina trifosfato bioluminescência para avalaição de limpeza de superfícies: uma revisão integrativa. Revista Brasileira de Enfermagem REBEn, 67(6), 987-93. DOI: https://doi.org/10.1590/0034-7167.2014670618
Ordem dos Enfermeiros (2016). Cuidados à pessoa com doença renal crónica terminal em hemodiálise – Guia orientador de boa Pática, pp.3-97.
Paiva, J. A. (2015). É uma miragem pensar que podemos caminhar para a infeção zero. Tecno hospitalar, 67, 4-8.
Pina, E. (2012). Métodos de Avaliação de Limpeza de Superfícies. Higiene Hospitalar, pp. 2-4.
Richards, V. (2015). National institutes of health/U.S. National Library of Medicine. Acedido em Health day. www.nlm.ninh.gov/medlineplus/news/fullstory.
Rigotti, M. A., Ferreira, A. M., Nogueira, M. C., Almeida, M. T., Guerra, O. G., & Denise, A. (2015). Evalution of three surface friction techniques for the removal of organic matter. Texto & Contexto- Enfermagem, 24(4), 1061-1070. DOI: https://doi.org/10.1590/0104-0707201500003690014
Reis, L. (2012). Sistema de Lavagem de 2 Passos. Tecno Hospital, pp. 38,43.
Rocha, J. G. (2015). Conceção dos espaços e materiais de revestimento. Tecno Hospital 67, 12-16.
Sherlock, O. C., O´Connell, N., Creamer, E., & Humphreys, H. (2009). Is it really clean? An evaluation of the efficacy of four methods for determining hospital cleanliness. Journal of Hospital Infection, 72(2):140-146. DOI: 10.1016/j.jhin.2009.02.013
Ferreira, H. (2012). Utilização do método ATP bioluminescência na avaliação da eficácia da limpeza e desinfeção de superfícies em cuidados de saúde primários (tese de mestrado). Universidade Católica Portuguesa Instituto de Ciências da Saúde
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Os autores que submetem propostas para esta revista concordam com os seguintes termos:
a) Os artigos são publicados segundo a licença Licença Creative Commons (CC BY 4.0), conformando regime open-access, sem qualquer custo para o autor ou para o leitor;
b) Os autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, permitindo-se a partilha livre do trabalho, desde que seja corretamente atribuída a autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
d) Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir o seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publica
Documentos necessários à submissão
Template do artigo (formato editável)