Falecer no serviço de urgência

melhor conhecer para melhor intervir

Autores

  • Arlete Santos Centro Hospitalar Tondela Viseu, Viseu, Portugal.
  • Madalena Cunha Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde, Viseu, Portugal | UICISA:E, ESEnfC, Coimbra / SIGMA – Phi Xi Chapter, ESEnfC, Coimbra, Portugal | CIEC - UM, Braga, Portugal
  • Diana Carneiro Escola Superior de Saúde de Viseu, Viseu, Portugal https://orcid.org/0000-0003-1192-4703
  • Mauro Mota Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, Universidade do Porto, Porto, Portugal | Hospital Nossa Senhora da Assunção, Unidade Local de Saúde da Guarda, Seia, Portugal | Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Saúde, Viseu, Portugal | UICISA: E - Unidade de Investigação em Ciências da Saúde: Enfermagem. Coimbra. Portugal

DOI:

https://doi.org/10.29352/mill0207e.06.00367

Palavras-chave:

serviço hospitalar de emergência, causa básica de morte, condições patológicas, sinais e sintomas

Resumo

Introdução: O serviço de urgência tem como propósito a receção, diagnostico e tratamento de doentes que tenham sofrido acidentes ou casos de doença súbita e que necessitem de atendimento rápido. A diminuição da taxa de mortalidade nos serviços de urgência assume-se como uma prioridade de enorme importância para o Serviço Nacional de Saúde.

Objetivos: Descrever as características clínicas das pessoas que falecem no serviço de urgência.

Métodos: Estudo descritivo, qualitativo e de coorte retrospetivo. Amostra constituída por pessoas que faleceram no serviço urgência de um hospital da região centro de Portugal durante o ano de 2017.

Resultados: A amostra do estudo foi constituída por 250 indivíduos, dos quais 114 são do género masculino e 136 do género feminino. Verifica-se que a idade mínima registada, aquando admissão do serviço de urgência, foi de 27 anos e a idade máxima de 101 anos. O fluxograma da triagem de Manchester mais utilizado foi o da dispneia (46,8%), a prioridade muito urgente reuniu 46.2% e a prioridade emergente 41,4%. As variáveis idade, tempo decorrido desde a admissão até à triagem, tempo decorrido entre a triagem e a primeira avaliação médica, a pressão arterial sistólica, o Índice de reatividade de Glasgow, frequência cardíaca e temperatura corporal mostraram-se importantes na premonição de óbitos.

Conclusão: O conhecimento da taxa de mortalidade nos serviços de urgências, e das respetivas variáveis que o influenciam, permite reorganizar todas as dinâmicas intrínsecas e com isso potencializar as estruturas existentes para uma resposta mais eficiente.

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Publicado

2020-12-18

Como Citar

Santos, A., Cunha, M., Carneiro, D., & Mota, M. (2020). Falecer no serviço de urgência: melhor conhecer para melhor intervir . Millenium - Journal of Education, Technologies, and Health, 2(7e), 55–62. https://doi.org/10.29352/mill0207e.06.00367

Edição

Secção

Ciências da vida e da saúde