Falecer no serviço de urgência
melhor conhecer para melhor intervir
DOI:
https://doi.org/10.29352/mill0207e.06.00367Palavras-chave:
serviço hospitalar de emergência, causa básica de morte, condições patológicas, sinais e sintomasResumo
Introdução: O serviço de urgência tem como propósito a receção, diagnostico e tratamento de doentes que tenham sofrido acidentes ou casos de doença súbita e que necessitem de atendimento rápido. A diminuição da taxa de mortalidade nos serviços de urgência assume-se como uma prioridade de enorme importância para o Serviço Nacional de Saúde.
Objetivos: Descrever as características clínicas das pessoas que falecem no serviço de urgência.
Métodos: Estudo descritivo, qualitativo e de coorte retrospetivo. Amostra constituída por pessoas que faleceram no serviço urgência de um hospital da região centro de Portugal durante o ano de 2017.
Resultados: A amostra do estudo foi constituída por 250 indivíduos, dos quais 114 são do género masculino e 136 do género feminino. Verifica-se que a idade mínima registada, aquando admissão do serviço de urgência, foi de 27 anos e a idade máxima de 101 anos. O fluxograma da triagem de Manchester mais utilizado foi o da dispneia (46,8%), a prioridade muito urgente reuniu 46.2% e a prioridade emergente 41,4%. As variáveis idade, tempo decorrido desde a admissão até à triagem, tempo decorrido entre a triagem e a primeira avaliação médica, a pressão arterial sistólica, o Índice de reatividade de Glasgow, frequência cardíaca e temperatura corporal mostraram-se importantes na premonição de óbitos.
Conclusão: O conhecimento da taxa de mortalidade nos serviços de urgências, e das respetivas variáveis que o influenciam, permite reorganizar todas as dinâmicas intrínsecas e com isso potencializar as estruturas existentes para uma resposta mais eficiente.
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