Qualidade de vida e a autoperceção da saúde relacionada com a saúde oral
o caso particular de idosos institucionalizados
DOI:
https://doi.org/10.29352/mill0214.21418Palavras-chave:
saúde bucal, qualidade de vida, idoso, instituição de longa permanência para idosos, enfermagem em saúdeResumo
Introdução: A Organização Mundial da saúde (WHO) inclui a saúde oral (SO) no conceito global de saúde e considera-a essencial para a qualidade de vida (QdV). Avaliar a qualidade de vida relacionada com a saúde oral (QdVRSO) contribui para a aferição efetiva das necessidades.
Objetivos: Caraterizar as variáveis sociodemográficas, clínicas e comportamentais da amostra. Analisar a relação entre estas e a QdVRSO.
Métodos: Estudo quantitativo, transversal e correlacional. Realizaram-se entrevistas estruturadas fundamentadas num questionário sociodemográfico construído para o efeito e na versão traduzida e adaptada para a população portuguesa do Oral Health Impact Profile (OHIP-14-PT) a 151 idosos de 9 Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI).
Resultados: Predomínio do género feminino e viúvos. A média da idade é de 84.4 ± 6.4 anos. A quase totalidade dos inquiridos tem antecedentes patológicos e toma medicação.
A maioria tem dentes naturais (65.6%), mas 31.8% nunca escovam os dentes e a boca. O score médio do OHIP-14-PT é de 18.22. Os itens mais pontuados foram a Sensação de desconforto no ato de comer e a Necessidade de interromper as refeições. Há diferenças estatisticamente significativas entre o score total do OHIP-14-PT e a literacia dos inquiridos.
Conclusão: A amostra autorrelatou um nível moderado de QdVRSO. O edentulismo e a ausência de uso de prótese dentária predizem pior QdVRSO. Há dificuldade no acesso dos idosos aos cuidados de saúde oral.
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