Provas de aferição do 5.º ano de escolaridade

perceções de alunos e professores de português e história e geografia de Portugal

Autores

  • Marlene Magalhães Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Educação, Viseu, Portugal
  • João Rocha Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Educação, CI&DEI, Viseu, Portugal https://orcid.org/0000-0002-0454-5038
  • Henrique Ramalho Instituto Politécnico de Viseu, Escola Superior de Educação, CI&DEI, Viseu, Portugal https://orcid.org/0000-0002-5512-1278

DOI:

https://doi.org/10.29352/mill029e.23740

Palavras-chave:

2.º ciclo do ensino básico, provas de aferição, professores do 2.º ceb, alunos do 5.º e 6.º ano de escolaridade

Resumo

Introdução: A avaliação externa das aprendizagens nos ensinos básico e secundário compreende a realização das provas de aferição (Despacho Normativo n.º 3-A/2019, de 26 de fevereiro). Estas provas têm como principal função regular e aferir as aprendizagens dos alunos e potenciar a avaliação interna realizada nas escolas.

Objetivos: Conhecer as perceções dos alunos e professores sobre a realização das provas de aferição, no 5.º ano de escolaridade; Constatar a relevância, efeitos e impacto atribuído à realização das provas de aferição e seus resultados; Compreender de que forma as provas de aferição podem melhorar a qualidade do sistema de ensino; Analisar se os resultados das provas de aferição são considerados necessários para repensar o trabalho desempenhado pelos professores.

Métodos: Foi utilizada uma metodologia mista, de caráter descritivo, interpretativo e compreensivo, com recurso ao inquérito por questionário e por entrevista. Participaram no estudo duas turmas de 20 alunos que frequentam o 5.º e 6.º ano e 4 professores do 2.º Ciclo do Ensino Básico (2.º CEB).

Resultados: Os professores do 2.º CEB não são favoráveis à realização das provas de aferição, nem encontram nelas grandes benefícios. Os alunos não entendem o propósito do instrumento de aferição dos resultados, assemelhando-o a um teste de avaliação com um maior número de conteúdos avaliados e sem qualquer peso na classificação final.

Conclusão: Os participantes no estudo têm uma opinião pouco favorável em relação ao instrumento de regulação e aferição das aprendizagens dos alunos do 5.º ano de escolaridade e de potenciação da avaliação interna realizada pelas escolas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Almeida, A., Esteves, A., Carvalho, F., Monteiro, L., Queirós, M., Martins, L., Brízido, P., Neves, P. & Rodrigues, S. (2018). Entrevista Ministro da Educação. Visão Júnior, (168), 8-9.

Bardin, L. (2016). Análise de conteúdo (35.ª reimp. da 1.ª ed.). S. Paulo: Edições 70.

Carmo, H., & Ferreira, M. (1998). Metodologia da Metodologia da Investigação. Guia para Investigação. Guia para Auto-aprendizagem. Lisboa: Universidade Aberta.

Despacho normativo n.º 1-F/2016, de 5 de abril. Regime de avaliação e certificação das aprendizagens desenvolvidas pelos alunos do ensino básico e medidas de promoção do sucesso educativo

Decreto de Lei n.º 17/2016, de 4 de abril. Princípios orientadores da avaliação das aprendizagens nos ensinos básico e secundário.

Despacho Normativo n.º 3-A/2019, 26 de fevereiro- Regulamento das provas de avaliação externa e das provas de equivalência a frequência dos ensino básico e secundário.

Dias, M. (1999). Avaliação da aprendizagem. Que significado lhe atribuem os docentes das tecnologias da saúde? Lisboa: Escola Superior de Educação Almeida Garrett.

Fernandes, D. (2007). A avaliação das aprendizagens no Sistema Educativo Português. Lisboa: Universidade de Lisboa.

Ferro, N., & Roldão, M. (2015). O que é avaliar? Reconstrução de práticas e conceções de avaliação. São Paulo: Fundação Carlos Chagas.

Fiorese, R. (2003). Metodologia da pesquisa: como planejar, executar e escrever um trabalho científico. João Pessoa: EDU.

Guinote, P. (2019, 10 de junho). A aferição inútil. Jornal Público. Disponível em: https://www.publico.pt/2019/06/10/sociedade/opiniao/afericao-inutil-1875792.

Giugni, G. (1986). A qualificação de um atleta profissional. Torino: Scuola Viva.

Gronlund, N., & Linn, R. (1990). Measurement and evaluation in teaching. New York: Macmillan Publishing Company.

Hill, M., & Hill, A. (2009). Investigação por questionário. Lisboa: Edições Sílabo.

Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) (2017). Resultados Nacionais das Provas de Aferição, 2017. ME: Lisboa.

Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) (2018). Resultados Nacionais das Provas de Aferição. ME: Lisboa.

Ketele, J. M., & Roegiers, X. (1999). Metodologia da recolha de dados: Fundamentos dos métodos de observações, de questionários, de entrevistas e de estudo de documentos. Lisboa: Instituto Piaget.

Kotowicz, A. (2018). Provas de aferição. Onde falham os alunos? Quando é preciso raciocinar. Observador. Disponível em: https://observador.pt/especiais/provas-de-afericao-onde-falhamos-alunos-quando-e-preciso-raciocinar/.

Kraemer, M. (2006). Avaliação da aprendizagem como construção do saber. Buenos Aires: Universidade Nacional de Mar del Plata.

Lafond, M. A. (1998). A avaliação dos estabelecimentos de ensino: novas práticas, novos desafios para as escolas e para a administração. In M. A. Lafond, E. M. Ortega, G. Marieau, Y. Shovsgaard, J. Formosinho, & J. Machado, Autonomia, gestão e avaliação das escolas (pp. 9-24). Porto: ASA.

Lincoln, Y., Lynham, S., & Guba, E. (2011). Paradigmatic Controversies, Contradictions, and Emerging Confluences, Revisited. In N. K. Dezin, & Y. S. Lincoln (Eds.), The Sage Handbook of qualitative research (pp.97-128). London: Thousand Oaks, CA: Sage Publications, Inc.

Machado, J. (2001). Escola e avaliação interna. In J. Machado, Formação e avaliação institucional (pp. 53-65). Braga: Centro de Formação de Associação de Escolas Braga/sul.

Ministério da Educação (2004). Provas de aferição do Ensino Básico - 4.º ano, 6.º ano e 9.º anos - língua portuguesa e matemática: relatório nacional. Lisboa: Direção Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular.

Rocha, J. (2016). Prática de Ensino Supervisionada: Que Possibilidades de Desenvolvimento Profissional na Formação Inicial?. Aveiro: Universidade de Aveiro.

Santos, J., Erdmann, A., Meirelles, B., Lanzoni, G., Cunha, V. & Ross, R. (2017). Integração entre dados quantitativos e qualitativos em uma pesquisa de métodos mistos. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina.

Downloads

Publicado

2021-11-30

Como Citar

Magalhães, M., Rocha, J., & Ramalho, H. (2021). Provas de aferição do 5.º ano de escolaridade: perceções de alunos e professores de português e história e geografia de Portugal . Millenium - Journal of Education, Technologies, and Health, 2(9e), 271–279. https://doi.org/10.29352/mill029e.23740

Edição

Secção

Educação e desenvolvimento social